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"Morte de Campos não muda natureza de projetos", diz candidato do PCB

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O candidato do PCB à presidência da República, Mauro Iasi, concedeu entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (22) e declarou que a morte de Eduardo Campos (PSB) muda os candidatos da cena, mas não as propostas tradicionais.

"Eleição não é pensar só no futuro. É analisar também o passado. A morte de Campos coloca outros candidatos em cena, mas a natureza dos projetos muda pouco. As propostas do PSB inovavam muito pouco. A terceira alternativa era uma falsa alternativa", explica o candidato.

Iasi acrescentou que o PCB entrou na disputa para ganhar a eleição e inserir um processo que mude o país. "Por isso estamos trazendo à tona temas que estão fora das campanhas. As manifestações que aconteceram no país romperam a película e foram um alerta, mas pela dinâmica dos movimentos sociais seria difícil continuar na mesma intensidade por muito tempo", argumentou o político.

O candidato chamou atenção para o aumento do número de greves no país e para o que ele chamou de "intensa mercantilização da vida".

"O que era considerado um direito, como saúde e educação, passou a ser bem e serviço no mercado. Isso gerou uma dinâmica grave no Brasil. Para implantar um programa social, ele não pode ser apenas emergencial, tem que ser considerado um direito", completou.

Mauro Iasi criticou ainda a privatização das empresas estatais. "Chegaram ao problema, que é o mau desempenho da empresa pública. Mas, essa política de privatização é paradoxa. O setor público ficou precarizado e o privado ainda depende da mão do Estado. Um exemplo disso é o alto índice de reclamação dos planos de saúde", finalizou.

Jordana Cury
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