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Ministro do Esporte se reúne com organizadas e rechaça extinção das torcidas

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Nesta quinta-feira, o ministro do Esporte, George Hilton, se reuniu, em Brasília, com representantes da Associação Nacional de Torcidas Organizadas (Anatorg) para discutir medidas que visam à redução da violência no futebol. Ele esclareceu que não vê a extinção das torcidas organizadas como uma solução para o problema.

“Elas são um manifestação cultural. São importantes para o esporte, têm que continuar, mas devem ser protegidas destes 7% a 10% de maus elementos que são delinquentes, como mostraram pesquisas”, afirmou o ministro.

O presidente da Anatorg, André Azevedo, da Dragões da Real, do São Paulo, endossou o ponto de vista de Hilton. “O fim das organizadas não acabará com a violência. O problema é com o cidadão. Se fecharmos todas estas torcidas, o cidadão continuará solto e, se for mau elemento, continuará cometendo atos ilícitos na arquibancada, assim como poderá fazer fora dela”.

O ministro propôs a criação de um disque-denúncia específico para a prevenção de atos violentos entre torcedores. Além disso, ele comentou sobre a elaboração de um banco de dados para armazenar informações de indivíduos que já tenham se envolvido em conflitos e outros episódios violentos em estádios e em suas proximidades.

A iniciativa do governo não é nova. Após a briga entre torcedores do Atlético-PR e do Vasco, em Joinville, na última rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de 2013, a pasta reuniu órgãos públicos e entidades esportivas para discutir o assunto. Nove medidas, como a criação de delegacias especiais, instalação de equipamentos de segurança em estádios e um cadastro de torcedores foram sugeridas, mas poucas foram colocadas em prática.

Hilton declarou que um grupo com o Ministério de Justiça está sendo formado para a discussão do assunto junto com as torcidas organizadas e os clubes. Ele garantiu que um encontro acontecerá antes da semana do Carnaval.

“Os clubes notarão que estão perdendo público. Há a proposta de renegociação das dívidas dos clubes, o que forçará que eles tenham um aumento na receita dos jogos. É óbvio que eles terão de participar da criação de medidas que atraíam as pessoas aos estádios”.


Fonte: GE

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