“O tribunal tem que entender o momento e se adequar as circunstâncias”.  A avaliação é do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Luciano Nunes Santos, sobre a crise financeira que se instalou no país e reflete diretamente em estados e municípios. Segundo ele, é preciso diferenciar os gestores que praticam crimes de improbidade administrativa de forma proposital, daqueles que estão imersos em uma realidade financeira nada favorável.

“Nesse processo entre o choque da crise e a realidade tem que haver um momento de adequação. O tribunal efetivamente não pode olhar como se nada estivesse acontecendo. O tribunal tem que olhar as coisas ponderando cada situação e cada circunstância. Uma coisa é você fazer é praticar algo de propósito, dolosamente, mesmo sabendo que aquilo é errado, outra coisa é a circunstância: você querer fazer uma coisa e não ter recurso. O tribunal não vai dizer que não quer saber, o tribunal tem que entender o momento e se adequar as circunstâncias”, afirmou o presidente durante a solenidade de lançamento da campanha de recadastramento do servidor estadual.

Na avaliação de Luciano Nunes, o país está parado e com arrecadação em queda, ou seja, um cenário nada animador para a administração pública.

“Nós estamos em um país parado. A arrecadação em queda, as transferências voluntárias efetivamente em queda também. O Estado com dificuldade de arrecadação. Estamos vivendo um momento de crise. Você sabe que não existe nada para desorganizar uma casa do que falta de dinheiro. Não é só na repartição pública, na a prefeitura, a própria a casa da gente é assim também”, declarou à TV Cidade Verde.

Hérlon Moraes
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