Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) constatou que pacientes do Hospital Areolino de Abreu deixam a unidade de saúde constantemente para comprar drogas. Os pacientes são oriundos do sistema prisional e cumprem medida de segurança no local.

"Quando coloca pessoas do sistema prisional  com pacientes há riscos. Há relatos de um paciente que foi estrangulado por um desses internos", disse o presidente do CRM, Emmanuel Fontes à TV Cidade Verde.

Atualmente, 30% dos pacientes do Aerolino cumprem medida de segurança e estão internados de forma compulsoria. A direção da unidade de saúde confirmou que recentemente dois pacientes foram flagrados consumindo entorpecentes dentro do hospital. 

"As duas vezes que o paciente saiu tivemos que ir atrás. Nas duas vezes, coincidiu a descoberta de drogas na enfermaria em que ele estava", afirmou Raphl Webster Trajano, diretor do hospital.

Segundo ele, só o pleno funcionamento do hospital manicomial Valter Alencar resolveria o problema do Areolino de Abreu. "A gente tem que adequar algumas leis e, a curto prazo, o funcinamento adequado  do hospital Valter Alencar poderia evitar que as medidas de segurança viessem para cá", defende o diretor.

Em maio deste ano, o aposentado Luís Nassário Nascimento Roque, 42 anos, foi assassinado no hospital por outro interno. A morte foi causada por asfixia e o autor seria  um detento internado desde dezembro de 2013 por medida judicial.

Hérlon Moraes
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