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Mulheres piauienses estão entre as que menos usam métodos para evitar gravidez, diz IBGE

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As piauienses estão entre as brasileiras que menos utilizam métodos para evitar gravidez, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a média do Brasil chega a 61%, somente 48,9% das piauienses fazem uso de métodos contraceptivos. 

Considerando o grau de instrução dessas mulheres, o Piauí tem o pior índice do país dentre aquelas que possuem ensino fundamental incompleto: apenas 30% utilizam métodos contraceptivos regularmente. 

Os piores índices gerais foram também registrados em estados nordestinos. Foram eles o Maranhão (40,7%) e a Paraíba (47,9%). O recorte utilizado na pesquisa levou em conta mulheres de 18 a 49 anos. 

A pesquisa considerou como método para evitar gravidez, qualquer  "prevenção da concepção por bloqueio temporário ou permanente da fertilidade (esterilização reprodutiva)".

Alguns recuros permanentes são métodos naturais de planejamento familiar, anticoncepcionais ou dispositivos anticoncepcionais (tabela, pílula, implantes, DIU, pílula do dia seguinte, contraceptivo injetável, entre outros).

Abortos provocados

Semira Freire, supervisora de informações do IBGE no Piauí, destaca ainda um outro dado obtido pela pesquisa: um destaque negativo para o Nordeste quanto ao número de abortos provocados. 

"Pelo menos 3% das nordestinas já realizaram abortos, enquanto a média brasileira é de 2,1% e na região Sul a média é de 1%. Percebe-se que o baixo uso de métodos contraceptivos pode ter ligação com esse dado", declarou. 

Ela disse ainda que o baixo grau de instrução está relacionado a um número maior de abortos provocados. De acordo com o IBGE, 4,3% das mulheres do Nordeste que possuem ensino médio incompleto já fizeram um aborto. Na região Sul, 1% disse ter tido um aborto provocado. 

 

Maria Romero
[email protected] 

 

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