Atualizada às 17h10
Dois homens e uma mulher foram presos suspeitos de integrarem um grupo criminoso especializado em crime de estelionato. O golpe consistia na compra de carros de luxo avaliados em média em R$ 150 mil cada. Nesta fase da investigação, 11 veículos foram apreendidos e o prejuízo à concessionária ultrapassa R$ 1,5 milhão.
O último veículo apreendido pertence um cantor de forró de Teresina que teria comprado o veículo por R$ 40 mil. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, ele teria dito que o restante do valor havia sido financiado, mas não possui documentação que comprove o pagamento do restante do valor.
Além de estelionato, os investigados teriam participação nas práticas de uso de documento falso, falsidade ideológica e associação criminosa. O delegado Zanatta foi designado para comandar a operação.
"São pessoas especializadas na falsificação de documentos particular e público. Eles financiavam e repassavam o veículo já sabendo que não iam pagar as prestações. Estes carros eram vendidos a preços bem abaixo do valor. Funcionários do banco e da concessionária também serão ouvidos", disse Riedel Batista, delegado-geral de Polícia Civil do Piauí, em entrevista ao Notícia da Manhã, desta terça-feira (15).
As investigações apontaram que alguns dos carros de luxo eram adquiridos através de documentos de 'laranjas', pessoas que intermediavam transações financeiras fraudulentas, emprestando nome, documentos ou conta bancária para ocultar a identidade do verdadeiro comprador.
A Polícia Civil apura ainda a participação de mais suspeitos no esquema criminoso e não descarta novas prisões e apreensões.
"Algumas destas pessoas são os chamados 'laranjas' e outros não sabiam do golpe, porém, é de se estranhar que um carro de luxo que custa em média R$ 150 mil fosse comprado a R$ 40 ou R$ 50 mil. A investigação está em andamento. Vamos aguardar a conclusão do inquérito policial para saber quem ficará com cada veículo apreendido", reitera Riedel Batista.
O secretário recomenda ainda que pessoas que adquiriram veículos de luxo com preços inferiores ao valor de mercado acionem a Polícia Civil.
Graciane Sousa
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