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Trem e metrô se chocam em cruzamento da linha férrea da Higino Cunha

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Atualizada às 19h35

O governo do Estado emitou nota de pesar pelo acidente envolvendo o metrô de Teresina e um trem de carga. Duas pessoas morreram. O governador Wellington Dias, que está em Brasília, determinou total assistência às famílias.

O Governo do Estado lamenta o trágico acidente ocorrido entre o trem de carga da Transnordestina e o Metrô de Teresina, que levou a óbito duas pessoas - o maquinista do metrô Gilvan Soares de Brito e o auxiliar de maquinista da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), Gilvan Camelo da Silva. Outro funcionário do metrô, Aderson Luiz do Nascimento, que pulou do trem, está hospitalizado.

O diretor-presidente da Companhia Metropolitana, Antônio Sobral, esclarece que o trem de passageiro circulou até 9h da manhã e foi recolhido para garagem, pois a Transnordestina iria fazer serviços na linha, como distribuição de brita. Segundo ele, o trem de passageiro ficou de retornar ao trabalho às 16h para operar no horário de pico e quando voltou o trem de serviço ainda estava na linha.

Uma comissão técnica vai averiguar todas as comunicações do sistema de rádio da ferrovia para ver a causa e o porquê do trem de serviço ainda estar trabalhando na linha. A comissão de investigação tem 30 dias para analisar as comunicações, que são todas gravadas, e arquivadas para, então, divulgar laudo oficial sobre as causas do acidente.

O governador Wellington Dias está em viagem a Brasília, mas logo que tomou conhecimento do caso, determinou imediata mobilização dos órgãos competentes como Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde, Polícia e Detran. O governador se disse consternado e afirmou que o Governo estadual dará toda a assistência necessária para as vítimas e seus familiares.

Atualizada às 18h51

O diretor-presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP), Antonio Sobral, informou que vai instaurar uma comissão de inquérito para investigar as causas do acidente. Segundo ele, as conversas entre o controlador de movimento da linha e o maquinista são gravadas. Os corpos das vítimas só foram removidos por volta das 19h.

"O metrô circulou até 9h e depois foi para a garagem, porque ia ter um serviço na linha, inclusive distribuição de brita e elemento de linha. Só retornaria às 16h para pegar o horário de pico da noite. Houve algum problema relacionado a comunicação. A gente vai fazer um relatório detalhado do que realmente aconteceu. Todas as falas que são feitas entre o controlador de movimento e o maquinista são gravadas para que a gente possa realmente ter certeza de qual foi a falha determinante para ocasionar o acidente", explicou.

Sobral lamentou a morte do maquinista da CMTP, que trabalhava na empresa desde 1990. Ele ressalta que é o primeiro acidente com morte envolvendo um funcionário da companhia.

"A gente tem a lamentar pelo falecimento do maquinista. O metrô está completando agora no dia 19 de novembro 25 anos de operação. É a primeira vez que a gente tem um acidente com vítima no metrô", disse.

O diretor disse ainda que o trem de carga estava distribundo brita na linha, nas proximidades da rua Goiás. "Isso é um procedimento operacional. O que causou o acidente é você colocar um trem na linha, tendo outro ocupando o mesmo espaço", finalizou.

Postada às 17h29 (horário local)

O metrô de Teresina se chocou na tarde desta quarta-feira (11) com o trem de carga que transporta cimento para a capital. O acidente aconteceu próximo ao cruzamento da linha férra na avenida Higino Cunha por volta das 16h. O local é conhecido por registrar constantes acidentes, geralmente envolvendo carros de passeio. 

Duas equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encontram-se no local e tentam retirar o maquinista do metrô Gilvan Alves Feitosa das ferragens. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. 

O maquinista e um auxiliar do trem de carga ficaram feridos, mas por volta das 17h20, um funcionário da Transnordestina Logistica, proprietária do trem, confirmou a morte do auxiliar, identificado como Gilvan Campelo. Uma outra pessoa que estava no metrô conseguiu pular antes do choque. Ele foi socorrido com ferimentos no braço. Identificado como Aderson Luis do Nascimento, ele disse à TV Cidade Verde que tudo foi muito rápido. "Eu não vi nada. Foi de repente e eu pulei. Deus salvou a minha vida", disse

Sem querer se identificar, o funcionário da Transnordestina disse que pode ter ocorrido uma falha de comunicação. Por conta disso, segundo ele, o metrô não sabia que o trem estava na linha e prosseguiu viagem, quando ocorreu o choque.

Segundo Romualdo Henrique de Araujo, da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP), a principal causa do acidente seria realmente uma falta de comunicação. Ele não quis dar mais detalhes.

Segundo testemunhas, o metrô seguia para o centro de Teresina quando colidiu com o trem - que fazia o sentido inverso. O acidente aconteceu entre a ponte sobre o Rio Poti e o cruzamento da linha férrea na avenida Higino Cunha. A polícia isolou o local por causa da grande quantidade de curiosos. O Serviço Móvel de Urgência (SAMU) também esteve no local, além da polícia.

Outubro

No dia 2 de outubro, o metrô de Teresina e um ônibus coletivo do Consórcio Poti se chocaram no balão da avenida Miguel Rosa com rua Rui Barbosa, no bairro Matinha. O veículo fazia a linha Monte Verde-Parque Alvorada. Três pessoas que estavam sentadas no lado do ônibus que recebeu o impacto da colisão ficaram feridas.

Hérlon Moraes e Lucas Marreiros
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Tags: tremacidente