Familiares, amigos e companheiros de farda do cabo Erisvan Mesquita Silva, se reuniram na noite desta segunda-feira (30) durante celebração da missa de 7º dia, que ocorreu  na igreja São Sebastião. O militar morreu após ser abordado por bandidos na avenida Gil Martins, bairro Tabuleta, zona Sul da capital. Ele transportava valores de um posto de combustíveis e foi morto a tiros. 

"O sentimento é de revolta...saber que um cidadão, um pai de família saiu para trabalhar e não voltou mais. Isso é muito triste. O que fica é o sentimento de revolta. O Erisvan era um cara muito legal e não merecia que acontecesse isso com ele. O que fica é a revolta, a gente saber da impunidade", disse Jeison Leonnan, amigo do militar assassinado.

Um dos suspeitos de atirar contra o cabo Mesquita foi preso logo após o crime, dentro do condomínio Dom Avelar, que fica no cruzamento das avenidas Gil Martins e Barão de Gurgueia. Ele buscou abrigo no local, tentando se esconder. O outro acusado ainda é procurado pela polícia. 

Após a missa, amigos do militar saíram em carreata pelas ruas da capital e visitaram batalhões da PM como forma de manifestação pela morte covarde do cabo. Em 2015, dez PMs do Piauí foram assassinados. A morte de Erisvan Mesquita foi o estopim para militares do Estado deflagrarem o movimento Polícia Legal, que reivindica melhores condições de trabalho. 

O cabo Erisvan foi assassinado enquanto desenvolvia atividade paralela ao serviço de militar. O comandante geral da PM, coronel Carlos Augusto, disse que tem tentado coibir esta prática, oferecendo opção para que o PM incremente o salário, com serviços prestados à própria instituição.

"Este ano, além do reajuste do ticket alimentação em mais de 150%, passamos a comprar a folga do PM para que ele não venha fazer outra atividade e correr risco em uma atividade isolada. Também tivemos aumento de 55% no valor da nossa operação planejada, para cada turno de 6h", disse o comandante. 

Graciane Sousa
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Com informações Notícia da Manhã