Um empresário que ainda não teve seu nome informado, natural do Ceará, foi preso na última quinta-feira (21). De acordo com a Polícia Federal do Maranhão, ele é suspeito de fabricar e vender medicamentos e materiais hospitalares falsificados - encontrados no lixão de Teresina - a unidades de saúde do Maranhão e do Piauí. Ele foi preso por policiais federais do Piauí e do Maranhão. O local onde ocorria as adulterações ficava em Teresina. 

De acordo com a polícia federal, apreensões ocorreram nessa sexta-feira (22) no "lixão" da capital. A polícia avaliou o descarte dos materiais no local como "sem cautela", por não serem devidamente inutilizados, possibilitando o resgate e reutilização por parte de criminosos.

O homem informou à polícia que adulterava as embalagens dos medicamentos, revendendo como se estivessem dentro do prazo de validade. 

A polícia informou que foi apreendida grande quantidade de fármacos fora dos prazos de validade, além de material cirúrgico e hospitalar usados, que seriam base para falsificações, adulteração de componentes e outras atividades criminosas. O material era comercializado a hospitais públicos e particulares do Piauí e do Maranhão. 

Investigações

As investigações tiveram início depois de fiscalizações da ANVISA, que enviou servidores da Brasília (DF) para comprovar a existência de lote de medicamentos falsos em posse do Centro Médico de Caxias (MA).

A partir da confirmação do potencial lesivo dos medicamentos e da gravidade dos fatos atingindo Piauí e Maranhão, a Polícia Federal conseguiu localizar o endereço onde a empresa clandestina “Soares” mantinha em depósito os produtos medicamentosos e demais itens de uso hospitalar, sem condições mínimas de higiene e misturados a produtos tóxicos e perigosos à saúde humana.

Segundo a PF do Maranhão, as investigações prosseguirão para identificar os compradores e distribuidores dos produtos falsificados. Há também o objetivo de alertar os órgãos públicos ligados à área de saúde, com informações necessárias para a fiscalização e "punições urgentes".

 

Da Redação
[email protected]