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Governo deve lançar edital de licitação para nova maternidade em março

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O secretário estadual da Saúde, Francisco Costa, informou que na primeira semana de Março, o Governo do Estado deverá lançar o edital de licitação para a construção do Centro Materno Infantil. Atualmente, apenas a Maternidade Dona Evangelina Rosa cuida dos casos de alta complexidade para mães e recém-nascido; o espaço passa por problemas estruturais e com a falta de profissionais especializados. 

Na última semana, uma avó denunciou à TV Cidade Verde que o neto, de apenas dois meses, morreu enquanto aguardava uma cirurgia cardíaca na Evangelina Rosa.  A aposentada Quitéria Viana disse que o neto, Esdras Viana, nasceu com problemas no coração chamado de cardiopatia congênita e precisava urgentemente de uma cirurgia. 

A avó denuncia que a cirurgia não foi realizada por falta de estrutura. “Não estou enviando as crianças para fazer cirurgia, porque não tem verba. E as crianças morrem por falta de procedimento no coração. Tem misericórdia. Ali dentro (da Maternidade) tem um monte de mães sofrendo assim como as avós”, disse dona Quitéria, também denunciando a falta de limpeza do local.

“Um lugar desses é sujo, todo destruído. Até as moças daqui disse que não têm coragem de limpar, que têm nojo. Gente, vamos cuidar das nossas crianças. Um dia a gente foi criança”, disse Quitéria. 

O secretário estadual de Saúde, Francisco Costa, comentou que a falta de profissionais na área de cirurgia cardíaca neonatal é uma dificuldade nacional.

“A problemática é que temos vários estados com dificuldade de infraestrutura e de profissionais especializados nessa área. Alguns casos são possíveis de ser resolvidos aqui mesmo em Teresina, outros precisamos enviar para outros estados, como a neonatal. O outro problema é que a demanda dos outros estados vem crescendo e existe uma fila”, disse Costa.

O secretário declarou ainda sobre o caso específico do bebê Esdras. “O caso dele era uma complicação bem maior e, infelizmente, ontem ele teve uma parada cardiorrespiratória. Sempre tentamos fazer a transferência, mas sempre houve dificuldades”, lamentou. 


Carlienne Carpaso
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