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Candidatos pedem anulação de teste seletivo da Seduc

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Candidatos que fizeram o teste seletivo para o cargo de engenheiro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) pedem a anulação do certame. Os concorrentes alegam que mais de  1/3 das questões específicas são idênticas às aplicadas em concurso público realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no estado de Roraima, no ano passado. 

De acordo com os candidatos, das 20 questões, sete são idênticas com as provas realizadas no outro estado. O certame da Seduc ocorreu em março de 2016. O pedido de anulação deve ser encaminhado à Comissão Organizadora do Concurso ainda nesta quarta-feira (23). 

Em defesa do processo seletivo, o controlador-geral do estado, Nuno Kauê, disse que as provas foram elaboradas por um servidor da controladoria, que além de criar questões próprias, fez um banco de dados com várias questões dos mais variados concursos de todo o país. 

"Os testes seletivos feitos anteriormente, sequer tinham provas objetivas...eram meramente análise curricular e entrevistas, ficando muito subjetivos, na minha avaliação. A atual gestão da Seduc, com o apoio da controladoria, resolveu aplicar provas objetivas, tornando o concurso um processo mais impessoal. Então foi designado um servidor da controladoria para elaborar esse conteúdo programático e as provas deste teste seletivo simplificado. Nesse banco de dados foram selecionados as questões mais adequadas ao caso. Para quem faz concursos, no nosso caso teste seletivo, não raro, há essa repetição", disse Nuno Kauê.

O controlador ressalta ainda que a lisura do processo está garantida e não houve vazamento de provas, nem de questões. Nuno Kauê reforça que não há ilegalidade no seletivo. 

"O importante é que os candidatos foram submetidos a uma avaliação objetiva. Muitas vezes, uma comissão elabora uma prova totalmente inovadora e vazam o gabarito e provas...a Controladoria Geral do Estado tem todo interesse que esses candidatos sejam avaliados da forma mais objetiva, tanto é que eles serão fiscalizados pela controladoria. Isso não macula o seletivo. Todo cidadão tem o direito de peticionar na administração pública. Nós entendemos que isso não macula a lisura, imparcialidade e objetividade deste processo seletivo simplificado. É dever da administração pública escutar o cidadão", disse o controlador-geral, em entrevista ao Notícia da Manhã. 

Graciane Sousa
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