O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje que a proposta de definir um teto para os gastos públicos, limitado à inflação do ano anterior, sem aumento real, limitará os gastos do governo federal também com saúde e educação. Meirelles tratou do tema numa entrevista coletiva para detalhar as medidas econômicas anunciadas mais cedo pelo presidente interino Michel Temer.
O ministro explicou que é preciso fazer um “ajuste rigoroso, mas crível”, o que inclui a contenção das despesas com saúde e educação. "Haverá vinculação das despesas da saúde e educação a esse teto. Para que a proposta como um todo seja consistente, não há dúvida de que há outras medidas administrativas e legislativas necessárias", disse.
Sem novos impostos, por enquanto
O ministro da fazenda afirmou ainda que não está descartada a possibilidade de um aumento de tributos no futuro. “Poderá existir, sim, uma questão relacionada à diminuição de subsídios, existirão produtos de vendas de ativos e em último caso, em algum momento, pode-se temporariamente estabelecer ou se propor algum imposto se for necessário”, disse.
Entretanto, Meirelles reconhece que a carga tributária brasileira é elevada e que seu aumento poderia prejudicar a retomada do crescimento da economia brasiliera, na medida em que sobrecarrega ainda mais a sociedade e o setor produtivo.
Fonte: Época