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IML abriga corpos de crianças há 1 ano e Conselho Tutelar pede providências

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O 4º Conselho Tutelar de Teresina está pedindo providências e explicações sobre a presença de 11 corpos de crianças no Instituto de Medicina Legal (IML), há cerca de um ano. A denúncia foi feita pela promotora Leida Diniz. O Instituto enfrenta problemas para enterrar os corpos sem identificação, devido a um impasse sobre a responsabilidade no fornecimento de caixões para os sepultamentos. 

O conselheiro tutelar Djan Moreira entregou hoje (21) ofício ao IML, pedindo esclarecimentos sobre a situação. 

"Nós vamos deixar nossas criançaas por um ou dois anos aqui? Queremos saber quantos corpos, qual a faixa etária, há quanto tempo estão no IML, se há documentos, se há familiares identificados e porque permanecem no local. Nós protocolamos isso hoje pela manhã e nos infomaram que em 15 dias nos dariam informações", declarou.

O diretor do IML, Janiel Guedes, já havia falado ao Cidadeverde.com sobre o problema. Segundo ele, após mudanças na legislação sobre o sepultamentos de pessoas consideradas indigentes, a responsabilidade sobre o fornecimento de caixões gerou um impasse entre governo do estado e prefeitura. No momento, o material não está sendo fornecido e os corpos permanencem no Instituto. Há algum tempo, após uma das geladeiras do local falhar, o mau cheiro tomou conta do entorno do IML e vizinhos chegaram a passal mal. 

Djan declarou vai continuar cobrando providências. Além dos corpos das criança, há pelo menos mais 40 corpos de adultos no local. 

"Temos que enterrar os corpos, fazer uma cerimônia digna. Se há entidades que não deixam de enterrar animais, vamos deixar de enterrar crianças? Temos que respeitar as memórias dessas crianças.  Queremos um sepultamento coletivo, o impasse entre estado e município temos que reslver, vamos pedir 'vaquinha', cotas para essa providência", garantiu. 

 

Maria Romero com informações de Tiago Melo
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