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Em alerta, Estado aposta na receita própria para não atrasar salários

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Muitos estados como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já declararam crise nas contas públicas e se fala em atraso de salários. Com um dos mais baixos repasses no país do Fundo de Participação dos Estados, o Piauí está tendo que se desdobrar para manter o equilíbrio financeiro e, de acordo com a Secretaria de Fazenda, com a queda do repasse no último mês, o estado entra em sinal de alerta máximo.

Em entrevista do Jornal do Piauí, o secretário de fazenda, Rafael Fonteles, destacou que existe uma possibilidade real de atraso nos salários no Piauí, mas que algumas medidas estão sendo tomadas para equilibrar as contas. “De fato, todo esse desequilíbrio financeiro que vem acometendo os estados de forma geral, aqui no Piauí é fruto, principalmente das quedas constantes do Fundo de Participação. Só para se ter uma ideia, só nessa cota  do mês de julho veio uma queda nominal de 11%, o que significa uma queda real de mais de 20%. Então como metade das nossas receitas são oriundas do Fundo, isso gera esse sinal de alerta máximo. Então é uma possibilidade remota. Então se a gente tomar todas as medidas que estão sendo tomadas no campo da despesa e no campo das receitas a gente certamente poderá garantir o pagamento normal do funcionalismo público que é a grande preocupação do servidor público. Mas as medidas são extremamente necessárias” explicou.

Para o secretário, o Estado foca agora em preparação para as surpresas, mas com a confiança que o cenário irá melhorar, sem problemas no fim do ano. “Nossa preocupação é começar formar essa reserva do 13° salário para evitar que nem o 13° será o momento mais crítico deste ano e nós tenhamos qualquer tipo de problema. É claro que a gente não descarta completamente um problema porque as surpresas negativas estão vindo todos os meses e é claro que a gente já imagina que a situação pior já passou, que a situação política de Brasília vai melhorar, que a situação fiscal do país vai melhorar”, relatou. 

Segundo Fonteles, apesar de não poder contar com uma melhora nos repasses do governo federal por conta do processo do impeachment e as eleições municipais, a regra da casa é economizar. “Temos que fazer o dever de casa aqui mesmo. Então essa questão desenvolvida pela secretária de administração com o secretário Franzé, desse recadastramento, dessa auditoria na folha de pagamento é importante, a redução do custeio dos órgãos é importantíssimo, a nota piauiense, o Refis estadual, os depósitos judiciais, a uniformização das alíquotas, tudo isso está sendo feito para não sair do equilíbrio, que é muito tênue. Todos sabemos que o estado do Piauí tem suas dificuldades financeiras de muito tempo, mas nós temos conseguido fazer o dever de casa e não estamos como estados ricos como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul em situação de colapso. Então a situação não pode chegar a isso. Então a população, a sociedade, os agentes políticos tem que confiar na estratégia econômica do governo do Estado para que a gente possa atravessa esse momento sem maiores lesões”, finaliza.

Diego Iglesias (Com informações do Jornal do Piauí)
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