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Salve Rainha: Jader fala dos traumas e relata últimos momentos do acidente

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Ao prestar depoimento - que durou cerca de 40 minutos - na audiência de instrução e julgamento no Tribunal do Júri, o jornalista Jader Dasmeceno destacou os traumas físicos e psicológicos sofridos com o acidente que matou os dois amigos Bruno Queiroz e Francisco Júnior e disse lembrar-se apenas do instante anterior à colisão e flashes de quando foi socorrido. A audiência teve início às 8h30 e deve seguir pela tarde.

“Ainda estou profundamente abalado, é uma situação que nunca quis e nem imaginei estar passando. Tenho retomado minhas atividades de forma lenta e gradual e até mesmo hoje estou em Teresina não apenas para audiência, mas também para retorno médico. O que me lembro daquele dia eu me recordei há somente uma semana. Lembro que o sinal estava verde para o Bruno e recordo de flashes de quando fui socorrido. Alguns amigos que vinham no carro atrás do nosso também estão abalados por tudo que viram”, recorda o jornalista. 

Jader respondeu perguntas do promotor Ubiraci Rocha e da juíza Maria Zilnar, que preside a audiência. A defesa do acusado não quis interrogá-lo. A juíza perguntou a Jader sobre as limitações que o acidente lhe causou e pediu que ele contasse porque preferiu prestar depoimento utilizando óculos escuros. 

“Até agora estou de cadeira de rodas porque tive duas fraturas na perna, meu modo falar está prejudicado porque tive uma paralisia do lado direito da face, estou usando óculos porque estou com muita sensibilidade à luz e o músculo do meu olho pode demorar anos para voltar a funcionar normalmente, então estou sofrendo de ressecamento nos olhos e além disso tive perda de audição no ouvido direito”, detalhou. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí, o jornalista disse que o acidente mudou sua vida para sempre que o acusado tem que ser punido, porque ele tem que ser consciente das consequências das escolhas que fazem.  

“Essa dor não vai cessar nunca, minha alma e meu corpo estão marcados para sempre. Preciso que ele pague para ter mais consciência. Ele teve chance de escolher e escolheu. Todas as nossas escolhas pelo bem ou para o mal ela tem consequências e interferem na nossa vida e na vida de outras pessoas, só quero que ele pague. Porque tudo que passei é imensurável”, declarou Jader.  

 

Depoimento das testemunhas

O administrador Leonardo Diniz Campelo, é uma das testemunhas oculares do acidente, que teve o carro identificado pela as câmeras de segurança, ele viu o momento em que o Corolla, conduzido por Moaci Junior, colidiu com o Fusca, conduzido por Bruno Queiroz. Ele disse que o veículo estava em alta velocidade e que ele não prestou socorro à vítima.

“Quando eu desci do carro e vi o estado do Fusca, minha primeira reação foi desligar o veículo porque o motor estava em aceleração constante e havia risco de incendiar. Eu vi que havia duas vitimas conscientes no banco de trás e outra desacordada que era o motorista do Fusca. O condutor do Corolla eu vi, de costas, deixando o local do acidente”, declarou Leonardo. 

Uma terceira testemunha, o estudante de jornalismo João Cunha, estava no carro com Leonardo Diniz e disse que conhecia de vista as vítimas e o acusado, porque já havia estudado com ele na escola, mas só o reconheceu quando as notícias foram divulgadas na imprensa. João confirmou as mesmas informações dadas por Leonardo sobre o momento e o socorro às vítimas. 

Elton José, educador físico, também estava no veículo com Leonardo e João e disse que viu o Moaci ter sido preso a cerca de 50 metros de distância do acidente, por policiais militares que foram atender a ocorrência.

Matéria original 

Moaci Moura Júnior, suspeito de matar em um acidente de trânsito os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, apresentou um requerimento para não participar da audiência de instrução de hoje, no Tribunal de Justiça, a qual vai decidir se ele irá ou não a júri popular. Moaci Júnior seria ouvido junto com Jader Damasceno e outras três testemunhadas, ainda não informadas. Jader, que sobreviveu ao acidente, já está sendo interrogado pela promotoria de acusação. 

Também estão presentes para a audiência, o pai das vítimas do acidente, Francisco das Chagas Araújo, o promotor que fará acusação Ubiraci Rocha e o advogado de defesa de Moacir. 

O pai de Bruno Queiroz e Francisco Junior disse que espera que a justiça seja feita e preferia não fazer previsões sobre o resultado de hoje. “Caberá a juíza decidir o que for mais justo. Acredito apenas que as provas já deixam claro o homicídio doloso, mas não quero além de justiça. Não quero vingança”, declarou.

Jader Damasceno, que será ouvido na audiência de hoje, também falou que deseja apenas justiça e que não deseja o mal para ninguém. Segundo ele, o momento é difícil por fazê-lo reviver lembranças ruins do dia do acidente e dos primeiros dias de recuperação. 

“Eu fiquei nervoso assim que cheguei porque trás à memória muita coisa que gostaria de esquecer. Às vezes, isso tudo parece só um sonho ruim que nunca aconteceu. O que eu desejo não é nada além de justiça, porque tirou não apenas duas vidas e me deixou como estou hoje, o tempo todo me recuperando. Ele tirou uma oportunidade de mais pessoas conhecerem os seres iluminados que eram o Chagas e o Bruno”, disse o Jader. 

O promotor Ubiraci Rocha destacou que hoje acredita que o caminho natural é que Moaci responda por homicídio doloso e que sua condenação posterior sirva de exemplo para coibir consequências graves da imprudência no trânsito. 

O advogado de defesa, Eduardo Faustino Sá, se recusou a falar com a imprensa. Seis testemunhas de defesa serão ouvidas. 

 


Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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