Turmas de alunos do Premem Norte estão assistindo aulas debaixo de árvores na instituição após a queima de condicionadores de ar de duas salas. O último pegou fogo na terça-feira(18) e só não atingiu o forro de PVC porque conseguiram utilizar o único extintor da escola, que agora está seco. 

A estudante Mayra Lúcia Nogueira Sousa, do 3º ano, estuda na sala 7, onde o ar condicionado pegou fogo. “A sorte é que foi a caixa de fora e não atingiu o teto”, afirmou a aluna que agora assiste às aulas debaixo da árvore. 

Ela disse que este não é único problema da escola, já que a biblioteca também já estava sem ar condicionado e o auditório foi interditado pelo Corpo de Bombeiros.  “Os bombeiros falaram que pode acontecer no auditório o mesmo que aconteceu na Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, por não ter saída de emergência e nem extintor”, afirma a aluna. 

A caixa de força de energia da escola também foi isolada, já que os fios estão energizados e quem se aproximar pode correr o risco de sofre uma descarga elétrica e até morrer. 

"Como a gente pode se concentrar para estudar para o Enem com um calor desses, imagina os alunos da tarde", questiona a aluna. 

Direção

O diretor da escola Cosmos Barros de Sousa disse que são quatro condicionadores de ar com defeito, que ele atribui ao tempo de uso, já que ficam ligados por quase 20 horas. “Estamos aguardando um posicionamento da Secretaria (de Educação) já que não temos depósito para guardar novas peças. Já disseram que resolvem em 20 dias”, destacou o professor. 

Sobre a caixa de força, o diretor disse já ter acionado à Eletrobras. E sobre o auditório, que tem capacidade para 150 pessoas e só uma porta, ele afirmou que teve que fechar de vez, já que houve notificação dos Bombeiros. “A gente só tem um extintor, que agora está seco, depois da explosão do ar condicionado de terça”, revelou. 

O Premem Norte possui dois mil alunos nos três turnos e os alunos do 3º ano estão se preparando para o Enem, que acontece nos dias 05 e 06 de novembro. No qual a escola também está cadastrada para ser local de prova. 

“A Seduc está tentando resolver, mas é muito difícil parar a escola para resolver os problemas”, justifica o diretor Cosmos Barros. 

Caroline Oliveira
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