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Família denuncia suposto erro médico em cesariana de jovem de 17 anos

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Foto de Karen Rafaela  divulgada pela família em pedido de ajuda compartilhado nas redes sociais

A família de Karen Rafaela, de apenas 17 anos, acusa a maternidade municipal do bairro Buenos Aires, em Teresina, de provocar complicações na cesariana da jovem, o que culminou em um estado de coma da paciente. O caso aconteceu no dia 11 de setembro do ano passado e só agora foi revelado pelos parentes. O relato é que a jovem voltou do procedimento com um incomodo na barriga.

“Depois de quase 12 horas da cirurgia, quando ela piorou consideravelmente, foi levada às pressas por ambulância à Maternidade Evangelina Rosa, em estado grave, com hemorragia interna. Feita nova cirurgia de urgência na Evangelina para conter o sangramento, ela teve parada cardíaca por 30 minutos e milagrosamente voltou, mas já em coma”, diz a família. A jovem tinha 16 anos quando fez a cirurgia. 

O quadro seria irreversível e a paciente precisaria de uma estrutura de home care (mini UTI) dentro de casa para poder deixar o hospital. Ela está internada no Hospital Getúlio Vargas (HGV). A família pede ajuda financeira. A mãe da Rafaela trabalhava vendendo bombons em tabuleiro em portas de festas, mas teve de largar o serviço para cuidar da filha. 

Maternidade nega erro

Em contato com o Cidadeverde.com, a maternidade do Buenos Aires disse que a paciente deu entrada na maternidade para tratamento clinico de uma infecção e não em trabalho de parto como foi divulgado. Segundo a diretora Rosélia Sena, somente dois dias após chegar ao hospital, a gestante iniciou trabalho de parto.

"Ela realmente foi paciente da maternidade, mas ela tratou de uma infecção. O trabalho de parto foi dois dias depois. A cirurgia ocorreu normalmente e somente na enfermaria ela começou a se queixar de dor", afirmou.

Rosélia acrescenta que a jovem foi encaminhada para a Evangelina Rosa onde foi atendida em relação as dores. "Quando ela saiu daqui, estava bem, consciente e estável. Pedimos o prontuário na maternidade para checar o que houve por lá, mas vamos investigar o caso", pontuou a diretora.

Já a maternidade Evangelina Rosa, para onde Karen Rafaela foi transferida, informou que abriu sindicância para apurar se houve responsabilidade da equipe da unidade de saúde no caso. Um corpo de médicos trabalha na elaboração de um relatório, que será encaminhado ao departamento jurídico.

Rayldo Pereira
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