Atualizada às 10h20
Uma das medidas para conter a violência aos taxistas em Teresina deverá ser o financiamento do 'Botão do Pânico' para os profissionais. O anúncio foi feito hoje pelo Secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu. Dos mais de 2 mil táxis em Teresina, somente cerca de 700 possuem esse mecanismo.
Por volta das 9h40 de hoje (25), além de Fábio Abreu, o delegado geral de Polícia Civil, Riedel Batista; o comandante de policiamento da Capital, coronel Wager Torres; e o novo comandante geral de operações da PM, coronel Alberto Menezes, receberam uma comissão formada por seis taxistas, após protesto realizado na Avenida Marechal Castelo Branco.
O grupo reivindicou mais blitz e a implementação massiva do botão do pânico para socorrer os motoristas vítimas de assaltos, por exemplo. Em resposta, o secretário Fabio Abreu garantiu algumas medidas, como o reforço na fiscalização aos táxis.
“Alguns policiais nas blitz entendem que estão atrapalhando o trabalho dos taxistas quando decidem pará-los, vamos orientar melhor sobre isso. Quanto ao botão do pânico, no que depender de mim e da Secretaria, vamos buscar garantir o financiamento para que todos os taxistas possam ter essa medida de segurança”, declarou o secretário.
Manifestação
Nesta quarta-feira (25), pelo menos 200 taxistas estiveram com os seus veículos de trabalho parados entre a Câmara Municipal de Teresina e a Assembleia Legislativa do Piauí em protesto contra a violência urbana, que atinge a categoria.
O protesto teve início às 8 horas, seguiu até a Secretaria de Segurança Pública e lembra o colega Francisco Hélio da Costa Silva, de 38 anos, vítima de um latrocínio na noite de segunda-feira (23), no Bela Vista, zona Sul da capital. Em vídeo, dois adolescentes, um de 15 e outro de 14 anos, confessam o crime e contam detalhes da morte do taxista.
O presidente do sindicato da categoria, o taxista Raimundo Bezerra, afirmou que o local escolhido para o início do protesto foi pensado para sensilizar os parlamentares na luta pela segurança dos profissionais.
“Nós temos que reconhecer que reduziu o número de assaltos nos últimos seis meses, mas não se pode ‘afrouxar’. A morte do nosso colega mostra o quanto estamos vulneráveis, queremos providências como mais blitz não apenas aos taxistas”, disse Bezerra.
Segundo ele é importante que a polícia também fiscalize motociclistas, que são os principais suspeitos de portarem armas pra realizarem assaltos e latrocínios. Bezerra disse ainda sobre a importância do botão do pânico para garantir a proteção dos motoristas e até mesmo de passageiros.
O presidente da categoria informou ainda que hoje há 2.400 motoristas cadastrados junto à Prefeitura de Teresina, mas que há mais de 6 mil profissionais envolvidos nesse trabalho.
Por volta das 9h de hoje, o grupo deu início a um buzinaço mantando o sentido Norte-Sul fechado, na Avenida Marechal Castelo Branco.
Flash Maria Romero
Da Redação Carlienne Carpaso
[email protected]
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