O Sindicato do Comércio Atacadista do Estado do Piauí (Sincapi) vai entrar com ofício junto ao Tribunal de Justiça do Estado, solicitando que os desembargadores do Tribunal Pleno rejeitem a proposta do presidente do TJ-PI, desembargador Erivan Lopes, de suspender o concurso público para tabelião dos cartórios do Piauí. A informação foi dada nesta quarta-feira (8) pelo presidente do Sincapi, Raimundo Rebouças Marques.
“A classe empresarial, o comércio atacadista e acredito que a população piauiense como um todo repudiam totalmente a proposta de cancelar o concurso. Se isso ocorrer, serão mais pelo menos três anos de sofrimento para todos nós, que precisamos dos serviços cartorários, com a enorme deficiência do atendimento dos cartórios do nosso estado”, declarou Raimundo Marques. Ele disse que as entidades industriais e comerciais do Piauí estão se mobilizando em protesto contra a ideia do presidente do TJ-PI, colocada durante entrevista à Rádio e TV e Portal Cidade Verde, nesta terça-feira (7).
Realizado pelo Tribunal de Justiça, o concurso para Atividade Notarial e de Registro do Estado do Piauí foi iniciado em julho de 2013, e se arrasta desde então devido a inúmeros recursos na Justiça. Está desde o ano passado paralisado na prova de títulos, a última etapa. Oferece 290 vagas para substituição de tabeliães que não são titulares dos cartórios e para ocupar as vagas de tabeliães dos novos cartórios criados em vários municípios piauienses.
Raimundo Marques, que é vice-presidente da Associação Piauiense de Atacadistas de Distribuidores (Apad-PI), lembrou que o TJ-PI contratou uma das mais renomadas bancas de concurso do país, o Cespe/UnB, para organizar e realizar o certame. “Não faz sentido passar tanto tempo e, agora, cancelar o concurso. E não é por falha ou erros da organizadora do concurso, que é uma das melhores do país, mas certamente por problemas do próprio Tribunal de Justiça”, diz ele.
Segundo Raimundo Marques, o Sincapi representa todas as empresas atacadistas e distribuidoras do Estado do Piauí, o que representa em torno de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Piauí.
Da Redação
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