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Imagens revelam superlotação e más condições em maternidade

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Imagens obtidas pela TV Cidade Verde revelam as condições que se encontram a Maternidade Dona Evangelina Rosa, zona Sul de Teresina. Leitos cheios de pacientes como o da sala de recuperação anestésica, foi preciso inclusive colocar pacientes para esperar nos corredores da maternidade. Em outra foto, há piso alagado devido a uma goteira na sala de repouso dos médicos.

Uma médica que preferiu ter a identidade preservada explica como é difícil trabalhar sem a estrutura adequada para atender a demanda. "Temos sempre pacientes que deveriam estar nas enfermarias que ficam superlotando a sala de recuperação anestésica, ou a sala de parto, após o parto normal que ficam nos corredores, porquê a maternidade não tem leitos suficientes para que após os procedimentos essas pacientes desçam para as enfermarias. Ontem foram feitos vários procedimentos na noite. Todas essas pacientes encontram-se ainda na sala de recuperação anestésica e na sala de parto, ocupando os leitos que teoricamente deveriam estar com os pacientes de hoje que estão em trabalho de parto ou que submetidas as cesarianas. Então a gente não tem como fazer procedimento hoje porque está tudo ocupado com pacientes de ontem ainda", afirmou.

Além dos problemas de infraestrutura e na superlotação dos leitos a denúncia também alerta com relação ao pagamento do auxílio aos estagiários de medicina, que estaria em atraso desde o mês de novembro do ano passado.

"Os estudantes de medicina, que são estagiários, acho que estão há cinco meses sem receber a bolsa de auxílio deles, e isso dificulta para eles também não é o acesso?", completou a médica.

A lavradora Eliane Batista é do município de Barro Duro. Ela acompanha o neto que está internado na maternidade por ter nascido prematuro. "Eu não me queixo de nada aqui dentro. Tô bem demais", diz Eliane. Já a profissional autônoma Francisca das Chagas, por sua vez, fala de outra realidade. "Minha filha que está aqui e chegou ontem 13h ela ficou com dor até 1 da manhã, o  médico veio fez o toque e disse que o bebê fez cocô na barriga dela e foi as pressas para o centro cirúrgico. Terminaram 3h da manhã e estou até agora esperando ela descer para ir para a enfermaria porquê não tem vaga", desabafou.

A produção do Jornal do Piauí entrou em contato com a assessoria de comunicação da Maternidade Evangelina Rosa que afirmou que o diretor só irá se posicionar após assistir a reportagem da TV Cidade Verde, amanhã.

A reportagem também procurou a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde e até o momento não foi enviada resposta.

 

Reportagem de Marcelo Fontenele
Rayldo Pereira (Da Redação)
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