Cidadeverde.com

Projeto resgata árvores frutíferas em praças para evitar extinção

Imprimir

A preservação das árvores nativas é uma política pública imprescindível para preservar a memória de uma cidade,  impedindo modificações em seu bioma e prejuízos ao meio ambiente. O cajuí é dessas árvores que costumavam ser vistas com frequência nos quintais das casas em Teresina. E essa é uma memória que está sendo resgatada agora pela Prefeitura de Teresina.
 
O cheiro e o sabor do fruto que costumavam estar à mesa do teresinense nos doces, licores e sucos alimentaram várias gerações no último século. A planta foi desaparecendo à medida que os quintais também foram sumindo das casas, dando lugar aos prédios, e também em decorrência das baixas nos índices pluviométricos nos períodos chuvosos ao longo dos anos. 
 
O resgate do cajuí é um projeto que está sendo desenvolvido pela Coordenação de Arborização da Prefeitura. A partir de sementes doadas pelo conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Anfrísio Neto Lobão, foram desenvolvidas 300 mudas, que estão sendo plantadas em praças, escolas e espaços públicos espalhados pela cidade.
 
Segundo o coordenador de Arborização, Clóvis Freitas Júnior, o cajuí é um importante arbusto do Cerrado piauiense que precisa ser preservado e sua extinção evitada. "É uma espécie que tínhamos em abundância em Teresina e em todo o interior do Estado e, ao longo dos anos, estamos vendo ela desaparecer. Por isso desenvolvemos esse projeto de proteção ao cajuí, para que ele volte a ocupar o espaço que é dele, de árvore nativa, alimentando nossa gente e florindo nossa cidade", diz. 
 
As equipes da coordenadoria já começaram o plantio em alguns pontos da cidade. Por ser um arbusto, atingindo cerca de 80 cm de altura, pode ser plantado em espaços menores. "Na semana passada, durante a programação da Semana da Árvore, nós plantamos 25 mudas na praça Edgar Nogueira, ao lado do Tribunal Regional Eleitoral, e também plantamos outras cinco na escola municipal Míriam Portella, no bairro Saci. Esse plantio continuará em várias praças e outros espaços públicos", afirma Clóvis Júnior. 


 
Todo o trabalho desenvolvido pela Coordenação de Arborização, não apenas com o cajuí, mas também com as várias espécies nativas, vem sendo acompanhado pela Sociedade BPW, órgão ligado ao Mercosul que congrega mulheres no desenvolvimento de várias ações em diversos setores. Duas técnicas dessa organização acompanham periodicamente as ações e planejamentos da coordenadoria para verificarem os resultados e levarem a expertise para outras cidades e estados.
 
O cajuzinho-do-cerrado, caju-do-cerrado, cajuí ou cajueiro-do-campo (Anacardium humile) é uma planta arbustiva hermafrodita, da família das anacardiáceas, nativa do Brasil mas com ocorrência mais comum em estados situados na região do Cerrado, como Tocantins, Piauí, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.  Ela se caracteriza por vários ramos eretos com base num caule subterrâneo desenvolvido, possui folhas ovado-lanceoladas, flores brancas, róseas ou amarelas, com estrias roxas na base. O fruto verdadeiro é a noz cinza, de onde se tira a castanha. Seu pseudofruto, assim como acontece no caju, pode ser vermelho ou amarelo, com polpa branca e suculenta. 


[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais