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Famílias descobrem que desaparecidos morreram em atentado a Manchester

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Olivia Campbell tinha 15 anos e frequentava ensino médio em escola do Reino Unido



Dois dias após um traumatizante atentado terrorista para o Reino Unido, algumas famílias começam a receber as notícias que tanto temiam. Autoridades começam a confirmar a identidade das 22 vítimas fatais da explosão em Manchester durante um show da cantora pop americana Ariana Grande, em que a plateia era constituída, sobretudo, de crianças e adolescentes. Até o momento, já se sabe que uma menina de 15 anos, que vinha sendo procurada desesperadamente pela família, está entre os mortos, além de um casal de poloneses também dado como desaparecido até então.

A adolescente Olivia Campbell estava no show com o seu amigo Adam Lawler. Ele foi encontrado em um hospital, mas ela nunca apareceu após o ataque, apesar dos apelos incessantes da sua família pelas redes sociais. Depois de uma aflita busca, a mãe de Olivia, Charlotte Campbell, anunciou nas primeiras horas desta quarta-feira que a filha — a quem chamou " querida preciosa linda menina" — havia falecido.

"Vá cantar com os anjos e continue sorrindo, a mamãe ama tanto você", escreveu a mãe pelo Facebook.

A mãe afirmou que, desde o ataque, ficou em casa ligando para hospitais, agentes policiais, e outros locais que poderiam estar abrigando a filha. Ligava o tempo todo para o seu celular, mas não tinha resposta: a bateria do aparelho já havia acabado. Relatou à BBC que não tinha coragem de sair de casa, na esperança de que, de algum jeito, Olivia poderia aparecer ali. Enquanto isso, o pai da adolescente estava procurando a filha em Manchester.

Uma história parecida foi a do casal Angelika e Marcin Klis (foto ao lado), poloneses que viviam no Reino Unido. Na terça-feira, a filha do casal fez um apelo pelas redes sociais na tentativa de encontrá-los, uma vez que não eram vistos desde o ataque. Eles estavam na arena para buscar as filhas, que tinham ido ao show, no momento da explosão. A sua morte foi posteriormente confirmada pela embaixada polonesa em Londres.

"Qualquer um que esteja em um lugar seguro ou em um hospital de Manchester e vir meus pais, por favor, por favor, me avise porque eles estão desaparecidos desde o ataque", escreveu a filha do casal com uma foto de Angelika e Marcin tirada naquele mesmo dia.

Por sua vez, Martyn Hett, de 29 anos, estava desaparecido desde que se perdeu dos seus amigos no show de Ariana Grande. Parentes e amigos vinham compartilhando suas fotos nas redes sociais, num esforço de rastrear seu paradeiro. A vítima viajaria, dois dias após o show, aos Estados Unidos e ficaria lá por dois meses.

Na terça-feira, seu irmão disse que ainda não tinha notícias do seu irmão. Mas, no dia seguinte, a notícia chegou:

"Eles encontraram meu irmão ontem à noite. Estamos de coração partido", escreveu.

 

 


Martyn Hett, de 29 anos, se perdeu de amigos durante show de Ariana Grante - Reprodução

Primeiras vítimas identificadas de atentado 

Três das 22 vítimas do atentado terrorista desta segunda-feira (22), durante um show da cantora Ariana Grande, na Inglaterra, tiveram as identidades reveladas pela polícia britânica. No total, 59 pessoas ficaram feridas após o ataque de um homem-bomba na Manchester Arena, em Manchester, logo após a apresentação da norte-americana, que se declarou "quebrada" e "sem palavras" depois do incidente. O Estado Islâmico já reivindicou a autoria do massacre.

A primeira vítima confirmada foi a jovem Georgina Callander, de 18 anos de idade, que já havia publicado no Instagram uma foto com Ariana Grande, de 2015, e enviado uma mensagem no Twitter avisando que estava animada em vê-la. A jovem estudava na Runshaw College, em Lancashire. A instituição confirmou o falecimento ao jornal The telegraph: "Nossos sentimentos mais profundos, pensamentos e orações para a família de Gergina, amigos e todos afetados por esta perda. Estamos oferecendo toda a ajuda possível neste tempo difícil, incluindo aconselhamento com nosso dedicado grupo de apoio aos estudantes".

Saffie Rose Roussos, de 8 anos de idade, foi a segunda pessoa a ter a morte anunciada pelas autoridades locais. Ela foi ao show acompanhada pela mãe, Lisa, e pela irmã mais velha, Ashlee Bromwich, que ficaram feridas e foram internadas em hospitais diferentes. Em um comunicado divulgado pelo jornal The guardian, o diretor da escola em que Saffie estudava, Chris Upton, lamentou: "Ela era simplesmente uma linda menininha em todos os aspectos do mundo". A notícia da sua morte foi recebida com "tremendo choque", definiu ele.

A terceira vítima confirmada foi John Atkinson, 26, que, de acordo com jornais da Inglaterra, estava deixando a arena onde o show estava sendo realizado quando foi atingido pela bomba. Amigos e familiares do jovem publicaram memórias e condolências a respeito de sua morte. Um sistema de financiamento coletivo está sendo montado para ajudar as famílias a realizar os enterros. "Por favor, doem generosamente, todos sabemos como cerimônias fúnebres são caras", escreveu uma amiga de John nas redes sociais.

 

Fonte: O Globo e Diario de Pernambuco

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