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Caso de jovem morto durante a Copa muda de delegacia e família desabafa

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Três anos se passaram e a morte do jovem Ruan Pedreira Silva, 21 anos, vítima de bala perdida durante um tiroteio após sair de um pagode no bairro Saci, na zona Sul de Teresina, ainda é um mistério. O caso aconteceu depois  do estudante comemorar a vitória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, no dia 29 de junho de 2014, em um bar da região. 

Nesta semana, o inquérito que investiga a morte foi transferido da Delegacia Geral para a Delegacia de Homicídios. O coordenador da especializada, Francisco Costa, o Baretta, informou que lamenta o “lapso temporal” da conclusão da investigação, mas garante que o caso será esclarecido. Seis delegados da Polícia Civil já passaram pelo caso.

O caso de Ruan será investigado pelo delegado Danúbio Dias, que por coincidência, era o então titular do 4° Distrito Policial, que acompanhou a exumação do corpo do estudante.

“Posso garantir a família que esse inquérito será solucionado. Há nos autos uma dúvida criada na exumação do corpo e, conforme seja necessário, vamos pedir esclarecimento ao perito criminal. Nós somos investigadores e aprendemos a duvidar, mas é duvidar para esclarecer e, não, para tumultuar”, desabafou Baretta. 

A dúvida que surgiu na exumação do corpo diz respeito ao projétil encontrado em Ruan. No início das investigações constatou-se que a bala que matou o estudante partiu de uma pistola 380. Contudo, o laudo balístico após a exumação do corpo em 2015, constatou a presença de fragmentos de uma  arma calibre 22. A família foi contra a exumação do corpo que foi solicitada judicialmente por um dos delegados que passou pelo caso. 

Enquanto a Polícia Civil não chega a uma conclusão, a família do estudante vive a angústia da espera de uma resposta. Jaqueline Nobre, prima de Ruan, ressalta que a demora na finalização do inquérito provoca “dor e transtorno” aos familiares. 

“A gente não tem mais convicção de nada sobre esse inquérito. O caso volta às mãos do delegado Danúbio, a quem eu estimo muito. Ele sabe toda dor e transtorno que esse inquérito está causando aos familiares. Eu acompanhei o Ruan desde as primeiras horas que ele foi baleado e vi que o crânio dele foi estragado. Não é o fragmento de uma bala de um “trombadinha” que faz um estrago daquele. A gente está pedindo a conclusão. O Ruan não volta mais, mas a família precisa de uma resposta”, desabafa Nobre.

A prima do estudante acredita que procedimentos policiais realizados durante a investigação foram executados de forma equivocada e prejudicaram as investigações.  

“A área onde foi feita a reconstituição do crime, por exemplo, não foi delimitada. O caso do Ruan já passou por seis delegados. Suponho que eles se veem em um inquérito complexo, se acham sem estrutura para resolver e deixam de lado. Eu não sei o que acontece. O tempo vai passando e dificultando, cada vez mais”, reclama a prima Jaqueline Nobre que, frequentemente, vai à delegacia em busca de uma resposta sobre o caso.

 

Flash Graciane Sousa
Redação Izabella Pimentel
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