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Psiquiatra explica sobre o Dia de Luta Antimanicomial

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Nessa segunda-feira (18) foi comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que serve para reforçar a ideia  da garantia de direitos de pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno mental. É um movimento em defesa destas pessoas. Especialistas discutem a melhor forma de tratamento que não seja a internação em manicômios ou hospitais psiquiátricos.

O modelo incentiva criação de residências terapêuticas locais em que pessoas sejam bem tratadas e em que possam tentar se adaptar ao mundo, à sociedade, fora dos consultórios, ao ar livre, encarando uma nova forma de tratamento para trazer novas perspectivas ao tratado.

Médicos psiquiatras não são mais a favor da internação em manicômios, pois acreditam que seja necessário um tratamento mais humanista, aonde o paciente vai conseguir melhorar e estabilizar o seu problema.

A médica psiquiatra Maria das Graças Martins, esteve nesta manhã (19) no Jornal Notícia do Manhã, tratando sobre o tema. Ela disse que a luta antimanicomial é de todas as pessoas que trabalham com saúde mental, baseada em diretrizes do Ministério da Saúde. 

"No Brasil nem se pode mais criar manicômios. Dentro da reforma psiquiátrica não é preconizado o fechamento do hospital psiquiátrico, até porque o paciente pode chegar a um ponto em que necessite de internação para que possa evoluir no tratamento. O que é defendido atualmente é que ele seja internado e tratado temporariamente em um hospital clínico", explica.

Ela ressalta que a mentalidade ainda é de que não é preciso tirar do hospital as pessoas que já estão morando lá, como há casos de pacientes morando há mais de 10 anos no hospital Areolino de Abreu. 

"Não há porque manter o paciente internado. Ele deve ser internado quando tiver em um nível crítico da doença, como por exemplo, quando tiver um surto psicótico. Mas deve permanecer no hospital somente durante o tempo em que possa ser estabilizado seu problema, cerca de 15 a 20 dias, no máximo. Depois dever ser devolvido à família e ser acompanhado com outros tipos de abordagem, que pode ser o encaminhamento para os CAPS ou outros órgãos para continuar o tratamento", conclui Maria das Graças.

Veja a entrevista:


 
Da redação
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