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Sitricon denuncia que operários são mantidos sob cárcere em obra

Operários da construção civil do Piauí fazem mobilização na manhã de hoje (30) em Teresina. A categoria está em greve desde o início da semana. Na manhã de hoje, o sindicato flagrou empresas mantendo operários em cárcere privado em obra na capital.

O diretor geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Raimundo Nonato Ibiapina, afirmou que formalizou denúncia na Superintendência Regional do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho. 

Yala Sena/Cidadeverde.com
Membros do sindicato em reunião na tarde de ontem na Superintendência Regional do Trabalho

Segundo o sindicato, empresários estariam obrigando os trabalhadores a permanecerem nas obras durante a paralisação da categoria.

"Flagramos hoje uma obra na avenida Homero Castelo Branco. Operários trabalhando em cárcere privado, sem carteira assinada e sem equipamentos de segurança. Tivemos que arrebentar o portão para que os trabalhadores saíssem da obra", afirma Raimundo Ibiapina.

Ontem, a Superintendência Regional do Trabalho mediou tentativa de acordo entre os sindicatos laboral e patronal. Porém, não houve avanço.

Os operários da construção civil reivindicam reajuste de 11%. O maior salário de operário no Piauí é R$ 880 e o menor R$ 625. "Na mesa de negociação eles não colocaram nenhuma proposta oficial. Mas sinalizaram pagar os 11%. Estamos aguardando que eles oficializem", diz o presidente.

Hoje durante todo o dia a categoria faz mobilização e está agendada para amanhã uma assembleia geral. 

Ao todo, 5 mil obras estão paradas em todo o Estado, entre públicas e privadas. Cerca de 15 mil operários aderiram ao movimento.

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Redação de Leilane Nunes
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