Atualizada às 10h34
A Polícia Federal divulga nesta quinta-feira(20) o relatório final da morte da estudante de Direito Fernanda Lages, no dia 25 de agosto de 2011. A coletiva de imprensa acontece na sede da Superintendência da PF em Teresina, com início às 9h50.
A Polícia Federal divulga nesta quinta-feira(20) o relatório final da morte da estudante de Direito Fernanda Lages, no dia 25 de agosto de 2011. A coletiva de imprensa acontece na sede da Superintendência da PF em Teresina, com início às 9h50.
O superintendente da PF, Nivaldo Farias, começou explicando os motivos que as investigações chegaram à Polícia Federal, solicitadas pelo Ministério da Justiça que seria sobre tráfico interestadual de mulheres e que para isso deveria iniciar primeiro saber como se deu a morte da estudante Fernanda Lages.
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Na abertura da coletiva, o superintendente da PF mandou um recado aos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha. Segundo o delegado, as declarações deles povoaram o imaginário público de informações que fizeram a população acreditar em homicídio. Mas, a tese não se confirma por provas colhidas.
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"Eu particularmente observei um aspecto fundamental, um aspecto gravíssimo, que nenhum de nós gostaria de estar na pele da família. Quando se investiga morte violenta começar-se a se ter ideia e qualquer polícia do mundo inicia investigação de morte violenta como homicídio porque o prejuízo é menor. A PF passou por vários caminhos com tecnologia de ponta para dar uma resposta a altura".
"Hoje é o dia de anunciarmos o resultado. Acessamos portais, assistimos TV e acompanhamos o tratamento que foi dado ao caso. Não cabe aplaudir ou desacreditar o comportamento dos atores desse caso. Mas tenho que dizer que o imaginário popular começou a ser alimentado através de informações assodadas, precipitadas, coisa que não podemos fazer. Isso aconteceu. Você cria uma imagem de uma verdade, você não tem até então a verdade provada, que é o que interessa à polícia e à Justiça. O trabalho da PF é isento, feito por profissionais daqui e de fora", ressaltou o superintendente.
"Hoje é o dia de anunciarmos o resultado. Acessamos portais, assistimos TV e acompanhamos o tratamento que foi dado ao caso. Não cabe aplaudir ou desacreditar o comportamento dos atores desse caso. Mas tenho que dizer que o imaginário popular começou a ser alimentado através de informações assodadas, precipitadas, coisa que não podemos fazer. Isso aconteceu. Você cria uma imagem de uma verdade, você não tem até então a verdade provada, que é o que interessa à polícia e à Justiça. O trabalho da PF é isento, feito por profissionais daqui e de fora", ressaltou o superintendente.
Nivaldo Farias disse ainda que a verdade provada é que interessa para a polícia e para a justiça. “Com entrevista uma hora depois do fato terão oportunidade de visualizar e criar uma imagem de verdade sabida e não provada que é a que interessa a polícia e a justiça e nem sempre essa é a que interessa aos atores e sociedade em geral. Fomos buscar colegas pelo know hall que eles detém, mas também porque quando um colega sai de uma unidade para outra e deixa seu trabalho e a família eles podem se dedicar dia e noite”, explicou.
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30 policiais federais entre delegados, peritos, escrivães e agentes participaram das investigações.
Ele disse ainda que convidou os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha para acompanhar a coletiva do auditório da superintendência. “Gostaria que os promotores estivessem presentes, porque seria interessante À medida que o trabalho fosse apresentado poderiam fazer alguma contraponto e explicar o fenômeno a cerca do qual essa dúvida teria aparecido. Quero deixar claro que temos a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Ministério Público com o melhor relacionamento possível e todos são dignos do nosso respeito”, destacou.
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Farias disse ainda que durante toda a investigação nenhuma denúncia anônima chegou à PF, mas que se qualquer pessoa que tiver uma informação quiser informar pode se dirigir à superintendência que o depoimento será tomado e o suspeito será preso.
A coletiva contou com a presença do superintendente Nivaldo Farias de Almeida, do superintendente executivo, José Olegário Nunes, os dois delegados que participaram do inquérito José Edilson Freitas e Alberto Ferreira Neto, o coordenador Geral da Defesa Institucional, delegado Marco Aurélio Pereira de Moura, o perito criminal e chefe do setor técnico cientifico do departamento da PF no Piauí, José Arthur Vasconcelos Neto e Carlos Eduardo Machado do Instituto Nacional de Criminalística.
Segundo José Edilson Freitas, foram mais de 150 pessoas investigadas ao longo de 10 meses. A PF analisou 184 horas de escutas telefônicas e 11.825 arquivos de áudio.
Flash de Yala Sena (direto da PF)
Redação Caroline Oliveira e Leilane Nunes