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Vereador quer lei que obrigue teste de glicose hospitais de Teresina

O vereador de Teresina Dudu Borges (PT) protocolou um projeto de lei que exige o teste de glicose (glicosímetro) antes de qualquer procedimento médico, de urgência ou não, que envolva a aplicação do açúcar. O projeto foi elaborado após vir à tona o caso da menina Luana Mesquita, 8 anos, que morreu ao receber soro glico-fisiológico na veia no último dia 17.



"Lamentamos o caso, não julgamos nenhum dos lados, mas o projeto é simples e também vai proteger o profissional, médico ou enfermeiro, que venha a tratar um caso semelhante ao de Luana", explicou o vereador, em entrevista ao Notícia da Manhã desta quinta-feira (30).

O político acrescentou que o projeto não vai onerar a área da Saúde no Estado, uma vez que já existe glicosímetro nos hospitais. "O que queremos mesmo é que o caso de Luana seja uma luz para que possamos evitar outras mortes", disse Dudu.

A menina Luana Mesquita deu entrada no Hospital do Satélite às 15h12, no dia 17 de maio, com quadro de vômito. O pediatra de plantão receitou soro glico-fisiológico e a manteve em observação, esperando reidratá-la. O hospital estava sem energia elétrica.

Horas depois, como a criança não havia melhorado, o médico receitou mais uma vez o soro, com um remédio para vômito. Por volta das 18h, Luana teve parada cardíaca e a equipe médica tentou reanimá-la por mais de uma hora, sem sucesso.

O exame de sangue feito após a aplicação do soro revelou que a glicose de Luana estava alterada, mas o resultado só ficou pronto quando a criança já estava em estado grave. A família se negou a realizar a autópsia, portanto, não há como provar se a criança era ou não diabética.

A Fundação Municipal de Saúde e a Fundação Hospitalar abriram processo administrativo para investigar o caso.

Jordana Cury
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