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Vídeo mostra depoimento de jovem suspeito de estupro em Castelo do Piauí

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Um vídeo obtido pela TV Cidade Verde mostra a versão de um dos adolescentes apreendidos após a barbárie praticada em Castelo do Piauí. Nas imagens, o jovem de 17 anos aponta Adão José de Sousa, 40 anos, como comandante do estupro e tentativa de homicídio contra quatro garotas, crimes ocorridos na semana passada. As meninas foram violentadas e depois jogadas do alto do Morro do Garrote. Todas continuam internadas em Teresina - uma delas na UTI. 

A gravação foi feita na manhã seguinte ao crime. Nela, o mais velho dos quatro adolescentes envolvidos nega ter participado do estupro e afirmou que estava no local fumando maconha. O jovem também aponta Adão como o responsável não só pelo estupro, mas também como o homem que amarrou e atirou as jovens do alto do morro. Preso no último fim de semana, Adão afirmou ser inocente. 

"Às três da tarde, tava eu, Adão, *, * e * em cima do morro. Às quatro da tarde chegou quatro meninas para tirarem foto. O adão mandou eu e * descerem pra baixo que ele e * iriam se esconder (sic)", contou o garoto na gravação. "Quando as meninas subiram o Adão abordou as meninas com a arma e forçou elas a ter relação sexual com ele. (sic)"

A versão do jovem é de que Adão o mandou vigiar a região enquanto ele cometia o crime contra as adolescentes. O suspeito de ser mentor do crime também teria amarrado as quatro junto a um cajueiro para depois jogar todas morro abaixo. 

O adolescente confirmou que estava com os outros fumando maconha, enquanto Adão estaria fumando "pedra" (crack) e "cheirando pó" (cocaína). Ele negou ter jogado as garotas do morro e também participação no estupro. 

Em nenhum momento o adolescente coloca os colegas como participantes do estupro. Somente em um trecho da gravação o jovem aponta outro como autor da tentativa de homicídio: um dos garotos teria descido o morro ao perceber que uma das vítimas estava viva e atirou uma pedra na sua cabeça. 

"* então desceu e não conseguiu terminar o serviço que o Adão não conseguiu terminar (sic)". Perguntado qual o serviço, o garoto respondeu que era "matar as meninas". 

Investigação
O delegado Laércio Evangelista informou que ainda aguarda o resultado dos exames da perícia no local, corpo de delito e de DNA. "Assim que tivermos acesso a esses laudos, iremos concluir os autos", disse. 

A TV Cidade Verde apurou que foi encontrado vestígios de semêm em pelo menos uma das vítimas. Uma roupa apreendida na casa de Adão será usada para fazer a comparação genética. 

De acordo com o delegado, as fotografias dos suspeitos foram apresentadas para as vítimas, que já reconheceram dois dos menores apreendidos. Nos depoimentos, as garotas fazem referência sempre a um "patrão" a quem os adolescentes obedeciam. 

com informações de Tiago Melo (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (Da Redação)
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