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Vídeo: Polícia divulga flagrante de adulteração de combustível na capital

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A Polícia Civil do Piauí divulgou nesta segunda-feira (10), durante coletiva, um vídeo que mostra uma suposta adulteração de combustíveis em um galpão no bairro Recanto das Palmeiras. No último sábado, oito pessoas foram presas acusadas de fraude na gasolina distribuída em Teresina e interior do Estado. 

Na coletiva, o delegado geral James Guerra informou que os presos na operação Bomba D’água, desencadeada pela polícia civil durante o final de semana e que visou coibir a adulteração de combustível em Teresina, foram soltos ainda na noite de domingo (9), por determinação da Justiça, após pagar fiança. De acordo com James Guerra, os acusados foram autuados por associação criminosa, estelionato e crime ambiental.

 

 

“Eles foram presos ainda no sábado (8), em flagrante, mas ontem à noite tive a informação de que foram soltos pelo Poder Judiciário, já que o delegado de polícia não poderia arbitrar fiança por conta dos crimes cometidos”, destacou acrescentando que outros crimes ainda podem ser descobertos por conta desta operação. “Solicitamos que técnicos da ANP fossem hoje (10) à tarde ao local para identificar as substâncias que foram adicionadas aos combustíveis. Além disso houve crime contra o consumidor, adulteração de combustível e ainda estamos investigando a lavagem de dinheiro”, afirmou. 

Segundo a polícia, foram presos: 

Maxson Gilson Marques da Costa e Silva (empresário, dono do depósito e de postos de combustíveis no Sul do estado – Rio Grande do Piauí, Floriano, entre outras) 
Dino César Ferreira da Cruz (gerente do depósito)
Evangelista Pereira de Almeida (funcionário do depósito)
Isacquiel Carlos de Oliveira (funcionário do depósito)
Francisco Wesley Pereira Belém (funcionário do depósito)
Michael da Silva Feitosa(funcionário do depósito)
Daniel Lira de Sousa (motorista)
Pedro Leite Feitosa (motorista)

O chefe de investigação do 5º DP, que não quis se identificar, comandou a operação e lamentou o fato de todos os presos estarem soltos antes mesmo do término das investigações. “Foram meses de investigação. Crimes graves. Eles manuseavam combustível de forma artesanal. Havia gente bebendo e fumando no local. Se houvesse uma explosão, poderia acontecer uma tragédia. E estas pessoas já estão soltas”, reclamou. 

Litros
No depósito, localizado no bairro Recanto das Palmeiras, a polícia acredita que ainda haja cerca de 200 mil litros de combustível adulterado armazenados. Os técnicos da ANP devem chegar hoje à tarde para comprovar a alteração. James Guerra informou que 20 caminhões por dia passavam no local. Cada um deixava 300 litros de combustível puro e supostamente completava o tanque com água e outras substâncias, antes de comercializá-los. 

Em depoimento, os presos disseram que havia um pacto entre os motoristas dos caminhões e os funcionários das distribuidoras, já que o lacre colocado nos caminhões no terminal de petróleo era violado. “Eles saíam no terminal, com o combustível puro e lacrado. Passavam primeiro no galpão, violavam o lacre, retiravam cerca de 300 litros e misturavam o que sobrava com água para colocar um lacre falso antes de distribuir nos postos de Teresina, interior e até de outros estados”, explicou o chefe de investigação do 5º DP.

O policial explica que os caminhoneiros ganhavam duas vezes: ao vender os combustíveis para o galpão (por valores entre R$ 1,70 a R$ 1,90 e o diesel de R$ 1,20 a R$ 1,40) e vendiam os combustíveis aos postos por valores de R$ 2,50 a R$ 3,00 no interior. 

 

Flash de Caroline Oliveira
Redação Carlos Lustosa Filho
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