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Criacionismo na sala de aula: West Virginia permite "ensino" do Design Inteligente

Em 29 de março de 2024, o estado de West Virginia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que abre caminho para o ensino do Design Inteligente (DI) nas escolas públicas. A lei, Senate Bill 280, não menciona explicitamente o DI, mas proíbe os conselhos escolares, superintendentes e diretores de escolas de "proibir um professor de sala de aula de escola pública de discutir ou responder a perguntas de alunos sobre teorias científicas de como o universo e/ou a vida chegaram a existir".

O DI é uma pseudociência que propõe que a vida é complexa demais para ter surgido por acaso e, portanto, deve ter sido projetada por um "designer inteligente". Apesar de não ter base científica, o DI é frequentemente apresentado como uma alternativa à teoria da evolução por criacionistas, que acreditam que a Terra e a vida foram criadas por Deus em seis dias literais, há cerca de 6.000 anos.

A decisão de West Virginia é um retrocesso na luta pela educação científica de qualidade. A teoria da evolução é um dos pilares da ciência moderna e é apoiada por um enorme conjunto de evidências. O DI, por outro lado, não é uma teoria científica e não tem nenhuma base em evidências.

Permitir o ensino do DI nas escolas públicas mina a confiança na ciência e pode levar os alunos a acreditar em ideias falsas sobre a origem da vida. Além disso, pode discriminar alunos que não professam crenças religiosas, pois o DI é frequentemente apresentado como uma teoria com base em crenças religiosas.

A decisão de West Virginia é apenas a última de uma série de tentativas de promover o criacionismo nas escolas dos EUA. Em 2005, um juiz federal decidiu que o ensino do DI em uma escola pública da Pensilvânia violava a Constituição dos EUA, pois representava um endosso religioso.

É importante que os pais, educadores e cientistas se mobilizem contra a crescente influência do criacionismo nas escolas. A educação científica de qualidade é essencial para o futuro da sociedade e não deve ser comprometida por ideologias pseudocientíficas.

A decisão de West Virginia de permitir o "ensino" do DI nas escolas públicas é um passo perigoso que deve ser combatido. A educação científica de qualidade é essencial para o futuro da sociedade e não deve ser comprometida por ideologias pseudocientíficas.

Que esta novidade nunca chegue ao Brasil. Até o próximo post...

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