Cidadeverde.com
Contabilidade - José Corsino

Considerações sobre o Terceiro Setor

*Por Ricardo Delfino Guimarães 

PROFESSOR Msc. RICARDO DELFINO GUIMARÃES publica artigo em ...

O Terceiro Setor, resultado de um fenômeno de proporções mundiais a partir dos anos 80, abrangeu setores significativos da sociedade civil organizada, ganhou visibilidade e se expandiu, passando a influenciar os meios econômicos e políticos em suas decisões. É constituído por organizações que são privadas, autogovernadas, não distribuem lucros, são voluntárias e voltadas para o benefício público. Salamon e Anheier (1997) ressaltam essas cinco condições para uma organização pertencer ao TS, que se diferenciam daquelas pertencentes ao Primeiro Setor (Estado) e ao Segundo Setor (Mercado), porém essas organizações permitem variações, pois podem apresentar aspectos diferenciados entre si. Contudo, para ser considerada parte do Terceiro Setor, na visão desses autores, uma OTS ( Organização do Terceiro Setor)deverá conter todas as cinco características. Ressalta Salamon (1998)  que esse processo, de magnitude mundial, de mudanças nas relações sociais e econômicas, significa uma revolução associativa global, que envolve a formação de uma importante rede de organizações privadas autônomas: o Terceiro Setor. 
Nos trabalhos dos autores utilizados nesta pesquisa, verificou-se que os conteúdos focaram seus objetivos na discussão dos aspectos teóricos relativos ao tema, destacando a problematização de quatro questões centrais: a) a falta de definições e conceitos sobre o Terceiro Setor e Gestão Social suportados por conhecimentos sistematizados e sua diferenciação em relação ao Primeiro e Segundo Setores; b) a preocupação de que as OTS se descaracterizem enquanto tal, por adotarem modelos de gestão próprios do Mercado, que dão uma ênfase excessiva na busca de resultados; c) a repulsa das OTS em aceitar procedimentos organizacionais e administrativos como modelo gerencial, temendo que venham a descaracterizar sua missão em função do tecnocratismo e instrumentalismo; d) a ausência de mecanismos de gestão próprios para o Terceiro Setor que identifiquem seu público-alvo, modelados a partir de suas especificidades.
Porém, para conhecer o público-alvo de qualquer organização, é preciso primeiramente conhecer as partes que, de alguma forma, são afetadas por ela ou a afetam. Essas partes envolvidas e/ou interessadas são chamadas de stakeholders. Os stakeholders, numa organização, podem ser os clientes, patrocinadores, fornecedores, acionistas, diretores, funcionários, doadores, comunidades e também o ambiente onde essa organização está inserida; isso depende do segmento, finalidade, missão ou contexto em que ela se encontra.
O uso da expressão stakeholders, cujo marco foi o trabalho de Freeman (Strategic Management: a Stakeholder Approach,1984), começou a se generalizar no final da década de 1980. Na prática era usado para determinar os grupos que forneciam o apoio necessário para uma organização sobreviver, instituindo, assim, a teoria dos stakeholders. Hoje não é possível estabelecer um conceito único de stakeholders, mas é útil para a sua compreensão identificar a idéia mais utilizada, proposta por Freeman (1984), que assim os define : são todos os grupos que afetam ou são afetados pela organização e todas as pessoas ou empresas que, de alguma maneira, são influenciadas pelas suas ações. 
Outro ponto fundamental sobre a teoria dos stakeholders é que, mesmo sendo uma ferramenta de gerenciamento direcionado ao segundo setor (mercado), muitos autores (CAMPOS, 2002; HUDSON, 1999; SILVA, 2006; MUELLER, 2004, entre outros) focam seus estudos para gestão nas OTS, como forma de administrá-la, tendo por fundamento o envolvimento das partes interessadas e com o intuito de torná-las organizações profissionais, competitivas e consistentes. 
Para Hudson (1999, p.17), a expressão stakeholders apresenta significados distintos para o Setor Privado (mercado), Setor Público (governo) e Terceiro Setor. Essa distinção, segundo o autor, pode ser notada com relação à denominação dos stakeholders e a diferenças quanto à natureza das relações internas e externa  em cada organização.
Porém, as OTS não se relacionam apenas com um público preferencial, como  são  os clientes das empresas de mercado. Ao contrário, existem diversos públicos, internos e externos, primários e secundários, influentes e não influentes, com diferentes expectativas e com diferentes perspectivas das ações sociais geridas por essas instituições.O Terceiro Setor, resultado de um fenômeno de proporções mundiais a partir dos anos 80, abrangeu setores significativos da sociedade civil organizada, ganhou visibilidade e se expandiu, passando a influenciar os meios econômicos e políticos em suas decisões. É constituído por organizações que são privadas, autogovernadas, não distribuem lucros, são voluntárias e voltadas para o benefício público. Salamon e Anheier (1997) ressaltam essas cinco condições para uma organização pertencer ao TS, que se diferenciam daquelas pertencentes ao Primeiro Setor (Estado) e ao Segundo Setor (Mercado), porém essas organizações permitem variações, pois podem apresentar aspectos diferenciados entre si. Contudo, para ser considerada parte do Terceiro Setor, na visão desses autores, uma OTS ( Organização do Terceiro Setor)deverá conter todas as cinco características. Ressalta Salamon (1998)  que esse processo, de magnitude mundial, de mudanças nas relações sociais e econômicas, significa uma revolução associativa global, que envolve a formação de uma importante rede de organizações privadas autônomas: o Terceiro Setor. 
Nos trabalhos dos autores utilizados nesta pesquisa, verificou-se que os conteúdos focaram seus objetivos na discussão dos aspectos teóricos relativos ao tema, destacando a problematização de quatro questões centrais: a) a falta de definições e conceitos sobre o Terceiro Setor e Gestão Social suportados por conhecimentos sistematizados e sua diferenciação em relação ao Primeiro e Segundo Setores; b) a preocupação de que as OTS se descaracterizem enquanto tal, por adotarem modelos de gestão próprios do Mercado, que dão uma ênfase excessiva na busca de resultados; c) a repulsa das OTS em aceitar procedimentos organizacionais e administrativos como modelo gerencial, temendo que venham a descaracterizar sua missão em função do tecnocratismo e instrumentalismo; d) a ausência de mecanismos de gestão próprios para o Terceiro Setor que identifiquem seu público-alvo, modelados a partir de suas especificidades.
Porém, para conhecer o público-alvo de qualquer organização, é preciso primeiramente conhecer as partes que, de alguma forma, são afetadas por ela ou a afetam. Essas partes envolvidas e/ou interessadas são chamadas de stakeholders. Os stakeholders, numa organização, podem ser os clientes, patrocinadores, fornecedores, acionistas, diretores, funcionários, doadores, comunidades e também o ambiente onde essa organização está inserida; isso depende do segmento, finalidade, missão ou contexto em que ela se encontra.
O uso da expressão stakeholders, cujo marco foi o trabalho de Freeman (Strategic Management: a Stakeholder Approach,1984), começou a se generalizar no final da década de 1980. Na prática era usado para determinar os grupos que forneciam o apoio necessário para uma organização sobreviver, instituindo, assim, a teoria dos stakeholders. Hoje não é possível estabelecer um conceito único de stakeholders, mas é útil para a sua compreensão identificar a idéia mais utilizada, proposta por Freeman (1984), que assim os define : são todos os grupos que afetam ou são afetados pela organização e todas as pessoas ou empresas que, de alguma maneira, são influenciadas pelas suas ações. 
Outro ponto fundamental sobre a teoria dos stakeholders é que, mesmo sendo uma ferramenta de gerenciamento direcionado ao segundo setor (mercado), muitos autores (CAMPOS, 2002; HUDSON, 1999; SILVA, 2006; MUELLER, 2004, entre outros) focam seus estudos para gestão nas OTS, como forma de administrá-la, tendo por fundamento o envolvimento das partes interessadas e com o intuito de torná-las organizações profissionais, competitivas e consistentes. 
Para Hudson (1999, p.17), a expressão stakeholders apresenta significados distintos para o Setor Privado (mercado), Setor Público (governo) e Terceiro Setor. Essa distinção, segundo o autor, pode ser notada com relação à denominação dos stakeholders e a diferenças quanto à natureza das relações internas e externa  em cada organização.
Porém, as OTS não se relacionam apenas com um público preferencial, como  são  os clientes das empresas de mercado. Ao contrário, existem diversos públicos, internos e externos, primários e secundários, influentes e não influentes, com diferentes expectativas e com diferentes perspectivas das ações sociais geridas por essas instituições.

*Ricardo Delfino Guimarães -  Contador.  Mestre em administração de empresas, Especialista em  direito e gestão de empresas.

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais