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Se a população relaxar, pode haver complicação severa, diz infectologista

O médico infectologista Kelson Veras concedeu entrevista por chamada de vídeo nesta terça-feira (24) ao Notícia da Manhã. Ele reiterou a necessidade do isolamento social e alertou que o período de uma semana de desrespeito ao recolhimento domiciliar é o suficiente para a situação se agravar de forma acentuada.

"Se a população falsamente se tranquilizar durante uma semana e achar que está sob controle, achando que pode sair as coisas podem se complicar de uma forma muito severa", afirmou.

O infectologista também tirou dúvidas sobre novo coronavírus. Segundo ele, as informações iniciais sobre o Covid-19 são as que vêm da China, baseadas em relatos e estudos médicos que apontam que pacientes com hipertensão, diabetes e câncer são mais propensos a apresentarem sintomas mais graves da doença.

Grávidas

Grávidas também podem contrair o coronavírus mas mas não é possível a transmissão do feto enquanto ele está sendo gestado. "A grávida também não tem uma maior tendência de evoluir para uma doença grave. Agora, após o beber nascer, o contato físico com ele, de uma mãe, doente, pode sim transmitir o coronavírus. Não pelo leite materno, pelo amamentar, mas pelo contato físico", explicou.

Vacinas

O médico também informou que pessoas, principalmente idosos, que já se vacinaram contra outras doenças, como a pneumonia por pneumococo, podem se vacinar normalmente contra a gripe, mesmo que tenha tomado alguma vacina recentemente,

É possível se contaminar mais de uma vez

Segundo o infectologista, análises iniciais sobre o comportamento do vírus assinalam que provavelmente não é possível ser infectado pelo Covid-19 mais de uma vez. 

Banheiro e dinheiro

Kelson Veras alertou que para infectar, basta que o vírus entre em contato com olhos, ouvido ou boca. O Covid-19 pode se fixar na superfície de objetos, como cédulas e nos banheiro como em pias e vasos sanitários. "Qualquer coisa pode ser contaminada pelo coronavírus, incluindo a comida que você come", disse.

Máscaras caseiras

O especialista explicou que as máscaras de fabricação caseira não são indicadas para uso clínico. "Elas são eficientes para uso domiciliar, uma forma de precaução. No serviço de saúde nós precisamos de equipamentos que tenham passado por uma inspeção dos órgãos responsáveis por atestar que aquele material está dentro dos padrões necessários", informou Veras.

Ainda de acordo com o médico, os órgãos de saúde à nível mundial estão recomendando que as pessoas não saiam para as ruas de máscaras. "Essa é uma forma ineficiente de proteção. Pois quando você está de máscara você vai evitar que gotículas caiam no seu nariz e na sua boca , os seus olhos continuam desprotegidos", lembrou

Hepatite

Veras também adiantou que não há indícios de que pessoas com hepatites tenham tendência a apresentarem sintomas grave de crises respiratórias em decorrência de infecção por covid-19. 

"Não se sabe nenhuma associação perigosa entre hepatite e coronavírus. Cientificamente se sabe que quando você está infectado por um vírus, ele protege que você se infectado por outro. Não foi detectado nenhum malefício adicional ou uma tendência a piora em pacientes com hepatite infectados por coronavírus", explicou.

Valmir Macêdo
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