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Sindicato diz que médicos no Piauí são obrigados a trabalhar sem EPIs

Médicos denunciam que estão sendo expostos ao novo coronavírus nos hospitais da rede estaduais e municipais do Piauí. Segundo eles, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) os coloca em risco de contágio da Covid-19.

Segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde, há 268 casos suspeitos da doença no Piauí e 19 confirmados. 

Na manhã desta sexta-feira (3), o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), afirmou que tem denúncias de médicos de todo o Estado que estariam sendo obrigados a trabalhar sem a proteção dos equipamentos individuais.  A Sesapi nega e diz que não existe falta de EPIs nos hospitais da rede estadual. A Fundação Municipal de Saúde também afirma que as Unidades Básicas de Saúde e hospitais de Teresina possuem os equipamentos.

A diretora do Simepi, médica Lúcia Santos, fez um desabafo ao Cidadeverde.com e defendeu que é “criminoso” expor a saúde dos médicos que estão na linha de frente contra o coronavírus.

Foto: Simepi

“No Piauí, ainda não chegamos ao pico da doença e já vivemos um momento de grande apreensão pela falta desses EPIs. Esse fato não se justifica e é criminoso colocar os médicos para fazer atendimentos a pacientes nessa situação. Uma desorganização dessa grandeza não deve ser desculpada, pois vai ceifar a vida de muitos médicos, como aconteceu em outros países. Mais ainda, se um adoecer ou falecer, será um a menos para ajudar nessa luta. Precisamos que os gestores sejam consequentes com a vida humana”, ressalta Lúcia Santos.

Grupo de risco

A Direção do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (Sindespi)  cobra do governo o afastamento para quarentena dos servidores e servidoras da Saúde Pública do Piauí que fazem parte do Grupo de Risco de contágio do Coronavírus.

O Sindicato protocolou uma solicitação de medidas preventivas e protetivas aos servidores se servidoras da Saúde, mas, segundo eles, nenhuma resposta foi dada pela Secretaria de Saúde do Piauí.

A entidade recomenda aos servidores e servidoras com mais de 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas – tais como diabetes, hipertensão arterial, entre outras – devem permanecer em casa, evitando exposição ao risco de contaminação.

 “O servidor que está se afastando quer saber se vai receber o vencimento dele na íntegra. O Sindespi quer uma posição clara. Quem são as pessoas que fazem parte do grupo de risco, qual protocolo está sendo adotado para proteger esses trabalhadores. Queremos uma resposta”, questiona Geane Sousa, presidente do Sindespi.

 


Izabella Pimentel
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