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Rodoviária limita acesso de passageiros e suspende viagens na Semana Santa

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Na véspera da suspensão das viagens intermunicipais determinada pelo decreto do governo do estado, o Terminal Rodoviário Petrônio Portela, em Teresina, já está esvaziado. 

Tapumes e fitas bloqueiam entradas da rodoviária e funcionários controlam a entrada de pessoas no local. A maioria chega apenas para usar a casa lotérica e o caixa 24 horas que funcionam no terminal. 

Dos cinco guichês abertos, apenas um ainda tem oferta de ônibus para esta segunda-feira (6), às 13h, para o Sul do Piauí. Grandes empresas, como a Guanabara, estão fechadas. 

O idoso Francisco Luciano, 74 anos, enfrentou 14 horas de ônibus para chegar a Teresina. Ele estava em Araguaína (TO) na casa de um filho e resolveu voltar após 22 dias de isolamento no estado vizinho.

"Eu tinha que voltar porque deixei minha roça de feijão em Valença. Se eu não voltasse, ia perder minha safra. O feijão já está lá no ponto. Só Deus sabe como eu voltei com medo, mas era o jeito vir logo", disse.

Do grupo de risco da Covid-19, Francisco Luciano disse que não sabia da proibição dos ônibus que ocorrerá a partir de amanhã. "Muita sorte de chegar a tempo de poder pegar o ônibus", contou o idoso que vai aguardar na rodoviária o último ônibus que sairá do terminal nesta segunda. 

Segundo os funcionários dos guichês, a compra de passagens caiu drasticamente nas últimas semanas. A empresa Líder, que oferece linhas intermunicipais no Piauí reduziu de 12 ônibus diários para 4 saídas por dia.

Uma empresa que oferta itinerários para o Maranhão e estados da região Norte suspendeu as saídas desde o dia 22. Nenhum ônibus está saindo desde então e não há previsão de volta de oferta.

Para estados como o Rio de Janeiro e São Paulo, uma das empresas informou que a previsão é só para sexta-feira, dia 18 de abril. Segundo os funcionários, a queda na procura para os estados caiu 70%. 

Outro passageiro é o vendedor cearense Cícero Rodrigues, 46 anos. Ele estava em Goiânia quando ficou impossibilitado de voltar por conta da quarentena. "Lá o negócio está parado, não tem circulação de gente. Eu fiquei sem dinheiro pra voltar porque não tinha pra quem vender. Foi o jeito voltar senão eu ia passar fome lá".

Cícero vai para o município de Campos Sales, a 550 km de Fortaleza. Informado sobre a grave situação que está o Ceará, ele reafirma a necessidade de voltar para casa. "Lá eu tenho minha mulher, meu filho, minha casa que é minha. Eu não tenho mais condição de pagar hotel", contou.

Flash Valmir Mâcedo
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