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Mercadorias acumulam em depósitos de Teresina e sindicato pele flexibilização

Foto: Sindicapi

O Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (Sindicapi) informou nesta quinta-feira (9), que os depósitos de carga em Teresina já estão lotados devido ao acúmulo de mercadorias. Segundo a entidade, os locais abrigam todo tipo de mercadorias, dentre elas medicamentos e material hospitalar.

“O transporte rodoviário de carga tem um depósito que não é para guardar mercadorias, e sim é descarregar e distribuir. Estamos só recebendo, recebendo e as mercadorias ficando no depósito, já que o comércio está todo fechado”, reclamou o presidente do Sindicapi, Humberto Lopes.

De acordo com o presidente, com as mercadorias “encalhadas”, a logística do setor fica prejudicada. “Assim como os médicos, nós precisamos ter um tratamento diferenciado. É todo tipo de mercadoria, não só medicamento. Estamos sem condições de operacionalizar. Os caminhões chegam aqui e não tem espaço para descarregar”, afirmou.

“Com o acúmulo de mercadorias inviabiliza a logística, a operacionalização da carga, já que o local para descarregar não tem. Há medicamentos, material hospitalar”, acrescentou, pedindo flexibilização por parte da prefeitura.

“Por que não flexibilizar como algumas cidades? Estamos com carga do interior sem poder entregar”, reclamou Humberto Lopes.

Prefeitura diz que não há motivo para depósitos estarem cheios

A Prefeitura de Teresina estranhou a informação repassada pelo Sindicato, já que as transportadoras não estão impedidas no decreto do município de entregar mercadorias. Segundo o procurador de Teresina, Raimundo Eugênio Barbosa, por conta dessa situação não há motivos para os depósitos estarem lotados.

“A transportadora faz entrega semelhante ao delivery. Chegam os caminhões, a mercadoria vai para o galpão e ela faz a entrega ou a pessoa vai pegar. Não tem contato com as pessoas, se tem é mínimo. Por isso que no decreto foram excluídas as transportadoras. Não tem motivo para estarem com galpão cheio”, disse o procurador ao Cidadeverde.com.

Ele reforçou que as transportadoras não estão incluídas no decreto. “Se você tem um mercado e adquiriu um produto pela transportadora, ou você vai pegar ou a transportadora vai te entregar. As transportadoras não estão suspensas no decreto”, afirmou, reforçando o objetivo do decreto da prefeitura.

“O espírito do decreto é manter as pessoas afastadas para não ter contaminação comunitária. No comércio as pessoas ficam próximas umas das outras. O prefeito não quer parar a cadeia econômica. É manter as pessoas distantes até que passe o surto”, finalizou.

Hérlon Moraes
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Tags: coronavírus