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Protocolo médico recomenda que pessoas com sintomas da Covid procurem urgência rapidamente

 

O oncologista Sabas Vieira é um dos integrantes de um grupo de médicos que elaborou um protocolo para o tratamento mais eficiente da Covid-19. O objetivo é que a evolução da doença cause o menor número possível de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado. O primeiro passo é procurar uma urgência, no aparecimento dos primeiros sintomas e não esperar sentir falta de ar para ir até a unidade de saúde. 

Para isso, o grupo, que conta com uma médica da Espanha, tem se baseado na experiência espanhola para seguir os parâmetros no Piauí. O país europeu reduziu a taxa de mortalidade de 20% para 2%. 

"Nós estamos incorporando, já colocamos para todos os gestores, os médicos receberam esses protocolos todos e o primeiro passo é que o paciente chegue precocemente à unidade de saúde. Se o paciente está há dois dias com febre, tosse, dor abdominal, diarreia, não sente gosto ou cheiro da comida, queda do estado geral, esse paciente deve procurar o posto de saúde antes que ele esteja com falta de ar. Porque a doença é muito silenciosa, quando tem falta de ar, já é um estágio avançado da doença, em que a chance de ir para a UTI já é muito grande. A finalidade desse protocolo é que a gente evite um colapso do sistema de saúde”, explica Sabas Vieira.
 
Ele disse que o protocolo já tem sido aplicado, inclusive nos hospitais regionais do interior do estado e que já houve respostas de avanço no tratamento. “Nós já tivemos feedbacks muito bons de pacientes que evitaram ir para UTI, que estavam muito graves, porque no começo da doença não se fazia, por exemplo, uso do corticóide, que é uma droga que se faz nos pacientes internados que estão entrando nessa fase inflamatória. Isso, em 24 horas, geralmente que vão responder e evitam ir para a UTI que é nosso grande temor”, ressalta.

Sabas defende o uso da hidrocloroquina e da cloroquina no tratamento ainda no início do tratamento, mas que seja feito com prescrição e acompanhamento médico. 

 “A arma que está funcionando é essa e com baixa taxa de complicações. E só temos para oferecer isso, é o que temos, é onde deu certo o tratamento e não adianta começar numa fase avançada, porque a cloroquina e a hidrocloroquina falharam em pacientes com fase avançada. (...) É uma droga segura, é o que nós vamos fazer, é o que vou prescrever para os meus pacientes e para os meus pais. (...) Não defendo que pessoas tenham em casa, inclusive na farmácia precisa de uma receita especial, só com prescrição médica. O nós sabemos é que o paciente tem que ir para a urgência com 48h a 72 horas de sintomas”, destaca. 

Veja entrevista completa no vídeo acima.

 

Caroline Oliveira
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