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Ocupação de UTIs em Teresina para covid chega a 64% e prefeito faz alerta

Gráfico: PMT

A taxa de ocupação dos leitos de UTI em Teresina exclusivamente para o tratamento da covid-19 chegou a 64,46%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo prefeito Firmino Filho, durante videoconferência com jornalistas. Dos 166 leitos disponíveis na capital, entre públicos e privados, 107 já estão ocupados. A situação fez o gestor pedir que a população reforce o isolamento social. Veja os dados completos aqui.

"É hora de ter medidas mais duras para que a necessidade de UTI não bata no teto rapidamente", alertou o prefeito.

O sistema com a ocupação dos leitos é alimentado diariamente, conforme a legislação municipal vigente (Decreto Municipal nº 19.694/2020).  Segundo os dados do sistema, Teresina possui hoje, cadastrados para atendimento de pacientes com Covid-19, 102 leitos de observação, 406 leitos de enfermaria e 166 leitos de UTI.

Firmino demonstrou ainda preocupação com a taxa de ocupação dos leitos de UTIs destinados as demais enfermidades em Teresina. O índice já chega a 70,77%, ou seja, das 284 vagas, 201 estão ocupadas neste momento.

"A nossa preocupação também com leitos não covid. A ocupação cresceu e parte desse crescimento se deve a acidentes de trânsito. É importante evitar bares e restaurantes não só pela aglomeração, mas para evitar acidentes e a ocupação de leitos de UTI. Se a gente reduzir a ocupação, mais leitos podem ser convertidos para tratamento da covid", disse Firmino, que comentou a medida do governo de probir a venda de bebidas alcóolicas.

"A preocupação do governo sobre a lei seca se deve pela ocupação de leitos de UTI. Não é só por causa das aglomerações, mas por causa dos leitos. No fim de semana tivemos muitos acidentes de trânsito em plena quarentena. A Guarda Municipal está em diálogo com o governo do estado para trabalhar em conjunto", declarou.

Durante a viodeoconferência, Firmino disse que o município tem tentado adquirir ventiladores mecânicos, mas a primeira compra feita na China não deu certo e os recursos foram devolvidos. 

"Nós havíamos comprados 70 respiradores da China com pagamento antecipado. A entrega era para ter sido feita dia 13 de maio e cancelaram e devolveram o dinheiro. Tivemos uma perda muito grande. Fiquei bastante abalado. Agora estamos adquirindo 70 respiradores da Turquia junto com São Paulo e Recife. Vamos sair de 166 para 246 leitos de UTI. No HUT estamos fazendo um anexo com 60 leitos de UTI", afirmou.

Hérlon Moraes
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