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Servidores dos Correios paralisam entregas após colega testar positivo para Covid

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Atualização às 11h43

Cerca de 40 funcionários do centro de distribuição domiciliar dos Correios, no bairro Pio XII, na Sul de Teresina, estão resistindo a retornar ao trabalho nesta terça-feira(19), após um dos colaboradores testar positivo para a Covid-19. Ele recebeu o resultado ontem, enquanto trabalhava normalmente. 

Os servidores reclamam que trabalharam ontem a tarde, mesmo depois de afastar o funcionário e a empresa não fez sanitização no local. Além de não cumprir as regras de distanciamento social, disponibilizar álcool em gel e luvas para os colaboradores. 

Eles afirmam ainda que as máscaras só chegaram semana passada. “Nosso medo é ter pego a doença e ainda passar para as pessoas nas ruas, porque nós trabalhamos em todo Centro e Zona Sul entregando as correspondências. Por isso, nós decidimos resistir hoje e não entrar para trabalhar”, afirmou um dos colaboradores, que não quis se identificar. 

No local, são 63 funcionários, mas cerca de 20 já estão afastados por serem do grupo de risco, ou estarem de férias.

A preocupação dos servidores é que no local, o banheiro, o bebedouro, são coletivos e os postos de trabalho são próximos um do outro. “Aqui não tem distanciamento de um metro ou dois, são colados e ontem ele trabalhou normalmente. O ambiente precisava ter passado por uma sanitização ou ter pelo menos nos afastado para fazer o teste, só que nos obrigaram a trabalhar a tarde e vir hoje normalmente”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Correios, Edilson Net Rodrigues Santos, fez um protocolo virtual pedindo a realização imediata de testes para os funcionários, processo imediato de quarentena dos trabalhadores e higienização imediata do setor e fechar até realizar todos os procedimentos.  

“O próprio manual da empresa afirmou que quando existir qualquer relato e procedimento que tenha testado positivo, era para adotar esses procedimentos, no entanto, o gestor local não liberou o pessoal ontem a tarde e nem hoje pela manhã e somente hoje a tarde disse que ia ser feita a higienização, mas deveria ter afastado o pessoal, feito revezamento de funcionários porque lá está havendo aglomeração e não foi feito. No CDD do Itararé, foi feito isso para manterem o distanciamento, mas lá não”, afirma Edilson Santos, que nesta manhã foi até a sede da empresa para fazer um protocolo presencial de reclamação. 

Nota dos Correios:

Desde o mês de março, os Correios vêm adotando sucessivas medidas de proteção à saúde de seus empregados, clientes e fornecedores, em função da pandemia da COVID-19. Além de intensificar as orientações ao efetivo quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de higienização e limpeza dos ambientes e equipamentos, todos os empregados têm acesso a álcool em gel e máscaras laváveis. Foram instalados, ainda, painéis de acrílico em mais de 5 mil guichês de atendimento e também será providenciada a vacinação contra gripe para todos os empregados. Dessa forma, a estatal tem garantido a prestação dos serviços postais, considerados essenciais pelo Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República.

Os Correios estão acompanhando a situação de saúde dos seus empregados, prestando o apoio necessário e, também, atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. As orientações da empresa relacionadas ao afastamento de empregados em casos suspeitos de COVID-19 permanecem válidas. Ocorrendo a suspeita de contaminação entre os empregados, a empresa providencia ações de sanitização em todo o ambiente da unidade, e o afastamento imediato da pessoa que possa estar infectada.

 

Caroline Oliveira
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