Um paciente atendido na Unidade Básica de Saúde Dr. Fernando Correia Lima, localizada no Portal da Alegria, na zona Sul de Teresina, pede correção no atestado médico que teria liberado ele e a esposa para o retorno das atividades após três dias da consulta, mesmo após o casal testar positivo para a Covid-19.
"O médico deu uma data querendo liberar a mulher para trabalhar. Ela está com dor no pulmão. Eu também estou com sintomas: dores no rins e estou estourando úlcera no braço, por causa da doença. Eles não querem corrigir o atestado médico e quer que ela volte a trabalhar na segunda-feira para contaminar os outros. Ela foi contaminada lá", diz o paciente.
Ele conta que, mesmo com sintomas, teve que ir à UBS algumas vezes para pedir a correção do atestado.
O diretor de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Kledson Batista, diz que o protocolo definido pelo Ministério da Saúde é rigorosamente seguido que determina o afastamento médico de 14 dias, a partir dos sintomas. A liberação do paciente para o trabalho deve ocorrer a partir do 15º dia.
"A profissional que emitiu o atestado disse que o paciente compareceu à UBS, relatando o início dos sintomas. Foi agendado um teste rápido e confirmado. É importante saber que quando o teste rápido confirma, essa paciente tem no mínimo sete dias de início da doença. E o que se sabe até agora da doença é que a partir do 14º dia do início dos sintomas já pode voltar ao trabalho com uma segurança razoável em relação a transmissão. Se até o 14º dia o paciente ainda estiver com sintomas sugestivos, ele deve procurar uma UBS para ser reavaliado e a critério do médico, ele será liberado ou dado um novo atestado, com base no protocolo, e até saber se não é uma outra doença e não a Covid-19", explica Kledson Batista.
Graciane Sousa
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