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Médico explica que coronavírus pode atacar vários órgãos e faz alerta aos cardiopatas

O cardiologista Elisiário Junior fez um alerta nesta quarta-feira (17) sobre os riscos do novo coronavírus, principalmente em pacientes com cardiopatias e hipertensos. 

O médico ressalta que a Covid-19 não é meramente uma síndrome gripal e que pacientes que estão inclusos no chamado grupo de risco podem sofrer com a forma grave da doença . “O que se observa, e os estudos evoluíram muito nos últimos três a quatro meses, é de que é um vírus sistêmico e ataca vários órgãos. Ataca o  coração, ataca também o pulmão. Cerca de 20 a 40% dos paciente têm também alterações na função renal. Tem alteração nos vasos sanguíneos promovendo um quadro que nos denominados de coagulação intravascular disciplinada . Daí  efeito catastrófico desse vírus”, explica o cardiologista.

Cardiopatia, incluindo hipertensão, e diabetes são as comorbidades com maior frequência no número de óbitos por Covid-19.O médico Elisiário Júnior defende que os portadores de fatores de risco devem manter o isolamento social, mesmo após a diminuição do contágio do coronavírus.

“Nós observamos que aqueles pacientes portadores de fatores de risco, neste caso as cardiopatias estruturais e hipertensão arterial, se caracteriza como a maior causa de óbito exatamente porque o coronavirus faz toda uma alteração a nível endotelial liberando uma série de substâncias inflamatórias que promovem um  aumento na resistência do vaso, promove inflamação do musculo cardíaco evoluindo na grande maiorias dos casos, nesses 5% que complicam, para um quadro mais grave que necessita de UTI”, explica o médico.

“O coronavírus não é uma doença meramente respiratória e isso tem que ser deixado bem claro. Aqueles pacientes portadores de fatores  de risco, principalmente os que tem cardiopatia, já tiveram infarto, hipetensos, diabéticos,  renais crônicos ,esses deverão manter um grau permanente de distanciamento social, de uso de máscara e todos cuidados mesmo após o pico da pandemia”, acrescenta. 

O médico também comentou o estudo de pesquisadores ingleses que mostraram que  o uso de dexametasona em pacientes internados com Covid-19 foi capaz de reduzir as taxas de mortalidade em cerca de um terço entre os casos mais graves de infecção, submetidos à ventilação. 

O cardiologista explica que o uso da dexametasona é indicado apenas na fase grave da Covid-19 e que o protocolo da Dra Marina Bucar  já indicava corticoide em casos graves da doença. 


Izabella Pimentel
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