O Piauí é o 5º estado do Brasil com crescimento de empresas fechadas no primeiro quadrimestre de 2020, segundo o Ministério da Economia. Foram 2.375 empresas com atividades encerradas nesse período. Nesse mesmo intervalo de tempo, foram abertas 7.406 novas empresas. Até abril, o Piauí tinha 165.277 empresas ativas. A Junta Comercial do Piauí contesta os dados e diz que os efeitos da pandemia ainda virá.
Nos últimos 12 meses, no Piauí 23.215 empresas foram abertas e 7.187 encerram as atividades. Apenas 16.028 empresas sobreviveram ao primeiro ano de funcionamento.
A presidente da Junta Comercial, Alzenir Porto, comentou que os dados do Ministério da Economia não refletem a realidade do Piauí. "Primeiro, seria muito prematuro nós falarmos que esses fechamentos, segundo colocados pela pesquisa, seriam uma consequencia da pandemia".
"Nós estamos com a nossa atividade econômica fechada desde o início da segunda quinzena de março. Tivemos março, abril, maio, junho sem funcionar. Como essas informações estariam em função da pandemia? Até porque aqueles que vierem a fechar em decorrência da pandemia é um fato que ainda ocorrerá".
Alzenir Porto ressalta que "o grande problema com esses dados" é que poucas são as Juntas Comerciais, em todo o Brasil, que estão em pleno funcionamento, como a do Piauí, que é 100% digital que funciona 24 horas.
"É uma pesquisa que tende a trazer um comportamento ao nosso empresariado de pavor. E não é bem assim, não é essa a nossa realidade. Nós abrimos quase 400 empresas, aconteceu muita alteração, da atividade principal. Houve um ajuste a essa nova situação. Esse resultado da pandemia virá, não agora, mais virá.
Os segmentos que mais abriram no primeiro quadrimestre no Piauí, segundo Porto, foram prestação de serviço e varejo.
"Não vamos pensar que o Piauí está em quinto em termo de fechamento, que não está. Não houve essa quantidade de fechamento em relação a outros estados. Estamos é em uma situação muito boa"
Carlienne Carpaso
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