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Rebelião deixa dois presos mortos em Esperantina

Um dos presos mortos durante rebelião no presídio de Esperantina ( a 174 km de Teresina) teve o corpo queimado por detentos dentro do pavilhão da penitenciária nesta quarta-feira (22). A informação foi confirma pela direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí.

Francisco das Chagas Costa, conhecido como Boné, chegou na manhã de hoje na penitenciária e durante motim os presos mataram Francisco das Chagas e depois atearam fogo no corpo.

Outro preso morto foi Luis Marcos da Costa, conhecido como Pimentinha. 

Atualizada às 13h

Uma rebelião no presídio de Esperantina deixou dois mortos na manhã dessa quarta-feira(22). A informação é do diretor administrativo do Sinpoljuspi (Sindicato dos Agentes Peninteniários do Piauí), Kleiton Holanda, que disse que presos dos pavilhão B tentaram invadir o pavilhão C para matar desafetos e resultou em numa rebelião que se estende até o momento. 

A polícia já está no presídio para tentar acalmar os ânimos dos detentos, mas já confirmaram duas mortes, sendo um preso de Teresina e outro de Esperantina. Hoje o presídio tem 297 presos e enfrenta superlotação.

De acordo com diretor de presídios da Secretaria de Justiça, Fagner Martins, ainda não confirmou as mortes. Segundo ele, apenas a equipe médica vai atestar o óbito, porém já acionou o Instituto Médico Legal (IML).

Ele disse que há um “princípio de motim” e já deslocou equipes de policiais de Esperantina, Barras e Piripiri para ajudar no reforço dos agentes no presídio. 

Incêndio na entrada dos pavilhões

Segundo Kleiton Holanda, os cinco agentes de plantão tentaram controlar a revolta dos presos, mas as munições acabaram e os presos ainda tocaram fogo nos pavilhões.

“Lá está dramático. As munições já acabaram, a polícia ainda está chegando e eles incendiaram as entradas dos pavilhões. Até agora se sabe de dois mortos, mas podem ser muito mais”, destacou.

Ele disse que a capacidade do presídio é de 124 detentos e hoje possuem 297. “Evoluiu mais com a ida de 20 presos da Central de Flagrantes na semana passada. Já dissemos que é só transferência de problema, porque não resolve”, afirmou Kleiton Holanda. 

Polícia controla rebelião

De acordo com o comandante da Companhia da Polícia Militar na cidade, capitão Luiz Gonzaga Albuquerque, declarou que a rebelião já foi contida com a chegada da polícia e estão negociando a transferência de presos dos pavilhões envolvidos. “Já contornamos a situação e foram confirmadas duas mortes. Estamos providenciando a remoção dos corpos para serem periciados”, destacou o capitão Luiz Albuquerque.

O capitão disse ainda que será aberta uma investigação para identificar os autores das mortes. “As primeiras informações é que o motivo seria rixa entre eles. A situação ainda será averiguada”, afirmou.

O comandante informou ainda que a rebelião durou cerca de duas horas e que até o momento o reforço não chegou, mas já conseguiu conter o motim. Ele disse que os corpos estão sendo retirados do pavilhão para esperar a chegada do IML. 

“Eles foram mortos com barras de ferro retiradas da estrutura. Estamos aguardando a transferência de presos desses pavilhões que participaram”. 

Ele disse que os pavilhões A, D e E não participaram. 

Por volta das 16h, a Secretaria de Justiça enviou nota de esclarecimento sobre a rebelião em Esperantina

Sobre a rebelião na Penitenciaria Regional Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina, a Secretaria de Justiça esclarece:
 
A briga que resultou na morte de dois detentos, na manhã de hoje (22), na Penitenciária Regional Luiz Gonzaga, em Esperantina, foi ocasionada por uma rixa entre internos da unidade e começou com a transferência do preso Francisco das Chagas Costa, que antes estava na Casa de Custódia de Teresina. Francisco, que está entre os mortos, foi transferido através de uma decisão judicial.

O outro interno morto durante a briga foi Luís Marcos da Costa. Assim que a confusão foi iniciada, por volta das 11h da manhã, a gerência da unidade solicitou apoio do Comando de Operações Prisionais (COP) da Secretaria Estadual de Justiça e dos Batalhões da Polícia Militar de Esperantina e dos municípios vizinhos de Barras e Piripiri. O Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba também foi acionado.
 
Além disso, o Núcleo de Gerenciamento de Crises e a Tropa de Choque da PM e os agentes da Diretoria de Inteligência e Proteção Externa (DIPE) da Secretaria Estadual de Justiça se deslocaram para o local. A briga aconteceu no pavilhão C da penitenciária. A Secretaria esclarece que o fato não teve nenhuma relação com a estrutura desta unidade e não foi motivado por nenhuma reivindicação dos internos.

Em relação a um provável incêndio no pavilhão, mencionado na matéria, a Secretaria afirma que alguns detentos jogaram panos sobre os corpos e atearam fogo. Porém, o fogo não se alastrou e logo foi contido pelos agentes. 

A Secretaria está tomando todas as providências cabíveis no sentido de garantir a segurança na unidade e de prestar assistência às famílias dos internos mortos.

Yala Sena e Caroline Oliveira
[email protected]

 

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