Por Caroline Oliveira
Uma jaguatirica de menos de dois anos de idade foi recolhida pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da PM, nesta sexta-feira (12), de uma propriedade na zona rural de José de Freitas, a 50 km de Teresina. O animal foi resgatado ainda bebezinho, quando fugia de uma queimada de roça na região. A família pensava se tratar de um gatinho, mas com o crescimento perceberam que era um animal silvestre.
A entrega voluntária desse tipo de animal não implica em crime ambiental.
O dono da propriedade, José Luiz da Silva, disse que quando o animal cresceu e viram que era uma jaguatirica, porque começou a comer as criações, então decidiram fazer a entrega voluntária. Apesar da proximidade com o animal, a família disse que nem colocou nome nela para não se apegar.
“Eu estava fazendo uma pequena roça e aí a gente encontrou ele lá no meio. Ele era tão novinho que estava com os olhos fechados. Trouxe ele para casa, comprei leite, fui dando na boquinha dele e ele foi crescendo. E aí depois de um ano e pouco, a gente procurou a polícia ambiental e estamos fazendo a entrega dele. Pensei em até soltar numa mata, mas assim é melhor, pessoal que tem mais experiência”, completou.
A jaguatirica está saudável, foi bem cuidada e foi levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, no Bioparque Zoobotânico, sede do BPA.
“Como é um animal manso, precisa ser acompanhada pelos veterinários. Ele vai ficar de quarentena, será chipado, para saber se tem condições de voltar ao habitat e não ser uma presa fácil para os predadores”, explicou o comandante do Batalhão Ambiental, major Fredson Abreu.
Com a chegada da polícia, a dona da casa pegou ela no colo.
O major ressalta que a entrega voluntária de animais silvestres não ocasiona em penas administrativas no caso de multas ou criminais.
“A gente agradece a família que teve essa consciência de entregar um animal desses que não tem condições de conviver no seio familiar”, finalizou.