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Manifestantes continuam bloqueando PI-113 contra aumento de passagem

A manifestação na PI 113, que liga Teresina a José de Freitas, contra o aumento da passagem de ônibus intermunicipal continua, quase 14h após ter começado. O protesto acontece desde às 5h30 desta segunda-feira (17), próximo a entrada da cidade, que fica a 48 km da capital.

De acordo com a Polícia Militar de José de Freitas, agora a tarde no local permanecem cerca de 60 manifestantes, que continuam bloqueando o trânsito da BR e o tráfego é lento na região. A população protesta contra o aumento da passagem dos ônibus que fazem linha Teresina – José de Freitas – Teresina.

O valor da tarifa foi reajustado para R$ 7. Há duas informações sobre o preço anteriormente cobrado, que seria R$ 5 e R$ 6. 

“Eles continuam no local, mas não estão mais queimando pneus, estão apenas obstruindo a passagem com objetos no meio da pista”, contou o sargento Mourão, na PM de José de Freitas. 

O tenente Alberto, também da PM do município, informou que o tráfego continua lento no local nesta tarde, porque está sendo interditada uma das vias. "Eles estão interditando um via por vez. Uma hora liberam a pista para os veículos no sentido José de Freitas - Teresina e depois liberam no sentido contrário", contou.

As informações são que os presentes aguardam um representante da Secretaria de Transportes para tratar sobre o aumento da tarifa e que só irão liberar a pista depois que isso acontecer.

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), por volta das 12h10, divulgou uma nota de esclarecimento sobre o reajuste. Veja a nota na íntegra a seguir:

Com relação ao reajuste no valor da tarifa do transporte intermunicipal Teresina/José de Freitas, a Secretaria de Estado dos Transportes do Piauí (Setrans) esclarece que o aumento foi concedido com base nos índices da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que apontam parâmetros para a regulamentação do transporte interestadual, norteados por indicadores socioeconômicos, composição dos custos com transporte e remuneração de funcionários, correções anuais para recompor o poder aquisitivo da moeda em razão de variações inflacionárias, dentre outros fatores que impactam diretamente nos gastos com a prestação do serviço. Esses dados são utilizados como referência pela Setrans para que seja fixado o percentual máximo de reajustamento tarifário no estado.

No que se refere a não aceitação de vales transportes e carteiras estudantis, a Setrans esclarece que as empresas que operam no referido trecho não fazem parte do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), não existindo, portanto, base legal para a utilização destes benefícios. A Setrans ratifica que compete ao órgão definir o teto máximo de reajustamento das tarifas, cabendo às empresas a decisão de conceder, ou não, descontos e/ou benefícios, como parte da política empresarial de cada companhia.

Já com relação à segurança e fiscalização no trecho onde estão ocorrendo manifestações, a Setrans esclarece que o serviço está sendo realizado pela Polícia Militar do Piauí, por meio do BPRE, que mantém Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento da atividade nas rodovias estaduais em todo o Piauí.

A Setrans reitera, ainda, que a pesar de concordar com as manifestações populares de protestos, típicos de um regime democrático, lamenta alguns excessos que tendem a prejudicar os usuários que precisam do livre direito de locomoção.

Lyza Freitas
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