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Bloqueio na PI-113 completa 28 horas e manifestantes fazem barricada

Foto: Divulgação/PM-PI

Já dura mais de 28 horas o protesto contra o reajuste da tarifa de transporte intermunicipal entre José de Freitas e Teresina. A passagem aumentou para R$ 7 e desde as primeiras horas de ontem (17)  manifestantes fazem barricadas e bloqueiam a PI-113 no quilômetro próximo à cidade. O tráfego na área é lento.

Na manhã de hoje cerca de 30 pessoas participam da manifestação. O comandante do 16° BPM, major Valter Pinto, informou ao Cidadeverde.com que o bloqueio da PI é feito com pneus, pedras e galhos. 

“Só está passando carros de passeio e veículos de emergência. A Polícia Militar está no local para evitar briga e confusão. Se houver alguma ordem da Justiça vamos tentar conversar com os manifestantes para que a PI seja liberada”, conta o comandante. Algumas pessoas estão usando via alternativa pela cidade União. 

Por conta do protesto os ônibus da empresa Concept não estão circulando. Todos estão parados em garagem. 

O comandante informou que ontem, por intermédio do Ministério Público Estadual, representantes da empresa e manifestantes se reuniram, mas não chegaram a um acordo. 

O cidadeverde.com tentou contato com a empresa Concept, mas, após a reportagem se identificar, o celular do empresário ficou fora de área. 

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans) divulgou uma nota de esclarecimento sobre o reajuste e esclareceu que o aumento foi concedido com base nos índices da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Veja nota


“Os índices apontam parâmetros para a regulamentação do transporte interestadual, norteados por indicadores socioeconômicos, composição dos custos com transporte e remuneração de funcionários, correções anuais para recompor o poder aquisitivo da moeda em razão de variações inflacionárias, dentre outros fatores que impactam diretamente nos gastos com a prestação do serviço. Esses dados são utilizados como referência pela Setrans para que seja fixado o percentual máximo de reajustamento tarifário no estado. No que se refere a não aceitação de vales transportes e carteiras estudantis, a Setrans esclarece que as empresas que operam no referido trecho não fazem parte do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), não existindo, portanto, base legal para a utilização destes benefícios. A Setrans ratifica que compete ao órgão definir o teto máximo de reajustamento das tarifas, cabendo às empresas a decisão de conceder, ou não, descontos e/ou benefícios, como parte da política empresarial de cada companhia. A Setrans reitera, ainda, que a pesar de concordar com as manifestações populares de protestos, típicos de um regime democrático, lamenta alguns excessos que tendem a prejudicar os usuários que precisam do livre direito de locomoção”.

 

Izabella Pimentel
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