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Piloto Rubens Barrichello admite dificuldade em transição

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Dispensado pela Williams depois de 19 temporadas na Fórmula 1, Rubens Barrichello enfrenta mais dificuldades do que esperava na transição para a Indy pela pequena KV. O brasileiro, que nem sequer estreou nos circuitos ovais, vê o desconhecimento das pistas como principal desafio.


“Admito que pensei que a transição seria um pouco mais fácil, principalmente porque o carro  é novo para todos. Tenho saído das pistas feliz por ter dado tudo, mas a categoria tem uma diferença muito grande. O Nigel Mansell [o britânico foi da Fórmula 1 para a Indy em 1993 e ganhou o título], por exemplo, correu 3 mil milhas antes do campeonato”, comparou.

Além de encarar pistas desconhecidas, Barrichello relata uma grande dificuldade em relação ao peso e à falta de sensibilidade do volante do carro – o brasileiro, inclusive, pediu à equipe o desenvolvimento de uma direção maior. Administrar os pneus nos treinos classificatórios é outro obstáculo apontado pelo veterano.

“Até a segunda prova, pegava no volante e ainda achava que estava diferente. Da Ferrari, fui para a Honda e depois para a Brawn, mas a coisa era basicamente a mesma, só mudavam as cores. Até a segunda prova, tinha que ficar lembrando que o carro era de 12 mil giros, e não de 18 mil”, declarou.

Conduzido à KV pelo amigo Tony Kanaan, Barrichello não fala diretamente em brigar por vitórias. “O time ainda está para ganhar sua primeira prova e tem todo o processo de adaptação. Se pudermos chegar no pódio e depois lutar por coisas melhores no final do ano, vou ficar feliz”, declarou.

Os primeiros treinos para a etapa de São Paulo da Fórmula Indy serão realizados apenas no próximo sábado. Para conhecer a pista, Barrichello pretende entrar com tanque cheio e completar o número máximo de voltas com a meta de conseguir um bom resultado na tomada de tempos classificatória.

“O que eu mais quero no sábado de manhã é andar bastante para poder aprender bem o circuito. Se eu largar um pouco mais à frente, a prova fica bem melhor, porque começar em 22 ou 19 e tentar avançar às vezes não é tão divertido”, explicou.

Questionado sobre uma possível preferência por chuva durante a prova, o brasileiro disse apenas esperar que as condições climáticas dos treinamentos de sábado, quaisquer que sejam, permaneçam até a corrida, marcada para as 12h30 (de Brasília) de domingo.

“As pistas de rua sempre foram favoráveis aos brasileiros. Eu adorava Mônaco e andar acima dos 300km/h na Reta da Marginal vai ser demais”, afirmou Barrichello, que já pensa em seu primeiro oval, no dia 7 de maio, no Texas. “É o próximo grande desafio e dá um frio na barriga. Falam que é uma pista legal, mas que precisa tomar cuidado”, disse.



Fonte: Gazeta
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