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Com o novo Galaxy S III, Samsung lança concorrente para o iPhone

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A Samsung Electronics anunciou ontem um novo smartphone Galaxy top de linha em Londres, modernizando o maior rival direto do iPhone da Apple com uma tela sensível a toque maior e um processador mais potente.


O grupo de tecnologia sul-coreano, que superou a finlandesa Nokia como a maior fabricante mundial de telefones celulares no começo deste ano, disse que o novo modelo Galaxy S III estará à venda em alguns mercados no final de maio e em todo o mundo a partir de junho.

O novo modelo Galaxy S III terá uma tela sensível a toque de 4,8 polegadas, câmera de 8 megapixels e usará a mais recente versão do software Android, do Google.

No Brasil, o aparelho deve ser lançado na primeira semana de junho. "Como todos os produtos da Samsung, ele será fabricado no País desde o lançamento, em nossas fábricas de Campinas e Manaus", disse Michel Piestun, vice-presidente de telecomunicações da Samsung do Brasil, que está em Londres.

Analistas disseram que a esperada campanha maciça de marketing e as características do aparelho - escolhido como o smartphone oficial da Olimpíada de Londres - provavelmente seriam suficientes para gerar vendas fortes, mas o lançamento deixou muitos deles pouco empolgados. "Não é um aparelho chamativo que empolgará os consumidores", disse o analista da IDC, Francisco Jeronimo.

As luzes azuis no local do lançamento, no centro de Londres, fazendo eco ao dia chuvoso do lado de fora, e os sons da natureza de fundo, que segundo a Samsung, inspiraram o design, resultaram numa atmosfera muito silenciosa no salão.

Pyo Hong, chefe de estratégia de produtos da divisão de aparelhos celulares da Samsung, declarou esperar que as vendas do Galaxy S III superem os mais de 20 milhões de unidades do modelo antecessor, o S II. "Decididamente, é o que esperamos. O nível de interesse de nossos parceiros tem sido maior", disse Hong. Ele acrescentou que o orçamento de marketing também aumentará, apesar de a percepção de marca já ser bastante alta.

Concorrência. Para alguns analistas, o novo aparelho representa um desafio formidável a rivais, dada a combinação da marca Galaxy com o suporte de vendas de operadores e o marketing pesado. "A Samsung precisa aproveitar ao máximo a janela de oportunidade de 4 ou 5 meses com o Galaxy S III, antes que a Apple mude o jogo mais uma vez com sua próxima geração do iPhone", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.

O novo Galaxy será acionado pelo microprocessador quad-core da Samsung, que a companhia espera que seja usado também em aparelhos fabricados pela HTC e pela Motorola, além da Apple, sua maior cliente para esses componentes.

O Exynos 4 Quad, baseado na tecnologia Cortex A9 da designer de chips britânica ARM Holdings, permite mais tarefas num período de tempo mais curto - por exemplo, o streaming de vídeo pode rodar em um núcleo enquanto os outros núcleos atualizam aplicativos, fazem a conexão à internet e a verificação de presença de vírus, simultaneamente.

Não é esperado que o quase duopólio de Apple e Samsung em smartphones de ponta fique ameaçado até o próximo ano. "A Samsung é hoje a única companhia capaz de competir com a Apple e desafiá-la no segmento de smartphones", disse Jeronimo, da IDC.

As ações da Samsung subiram para um nível histórico após seus resultados do primeiro trimestre, empurrando seu valor de mercado para US$ 190 bilhões, 11 vezes o da rival japonesa Sony, embora apenas um terço do valor da Apple, a companhia mais valiosa do mundo. Em forte contraste, as ações da Nokia, que apostou numa associação com a Microsoft em smartphones, estão no ponto mais baixo em 15 anos. Para a empresa de pesquisas Ovum, a Microsoft só conseguiria estabelecer seu Windows Phone como uma plataforma de smartphone importante por volta de 2017.

Fonte: Reuters
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