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"Fui obrigada a virar atriz", diz Carolina Ferraz sobre carreira

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Forte nas atitudes, Carolina Ferraz fala o que pensa sem pestanejar. Essa determinação – com uma dose extra de talento e dedicação – fez com que ela construísse uma carreira incontestável.


Esqueça o gênero boazinha ou aquele tipo de  mulher que omite o que pensa para agradar alguém. Quando falamos de Carolina Ferraz, a palavra em destaque é autenticidade. Ao menos, foi essa a sensação que tive durante os dois dias em que estivemos juntas para a realização dessa entrevista e desse ensaio fotográfico.

Sua voz é inconfudível e parece ter vontade própria, sem rodeios. A atriz fala às claras do que gosta ou não sem nenhum pudor. “Carol, você aceita aquele suquinho natural de abacaxi com hortelã?”, perguntou delicadamente a secretária do estúdio. “Suco natural? Quem disse que eu gosto? Para mim, é só água e café”. Talvez esse modo prático de Carolina possa soar como uma sutil arrogância, mas, será que a  vida  não seria muito mais simples se adotássemos essa postura? Vale refletir...

O fato é que, aos 44 anos, não dá para falar em teledramaturgia sem tocar em seu nome. São mais de 30 personagens entre novelas, minisséries e especiais. O mais recente é Alexia, de Avenida Brasil, a nova trama do horário nobre da Rede Globo. “Faço parte do núcleo cômico. Ela tem muita vontade de ter um filho e decide partir para uma produção independente, até encontrar Cadinho, personagem do ator Alexandre Borges”, adianta. 

Sem ter preferência por gênero (mas admite que ama fazer comédia!), Carolina guarda no currículo papéis inesquecíveis, como a Milena, de Por Amor (1997), a Lucinha, de Pecado Capital (1998), a Amanda, de O Astro (2011) e por aí vai... “Não acredito em ator que utiliza experiência pessoal. Gosto de estudar, mergulhar no universo da novela. Além disso, sou 'on-off', não levo personagem para casa e tento não me levar para o personagem”, ensina.

Sorte e dedicação
Apesar do sucesso, a primeira oportunidade na TV surgiu como apresentadora. Ainda na extinta Rede Manchete, ela apresentou duas atrações, Shock e Programa de Domingo. E você pode não lembrar, mas, em 1992, já na TV Globo, Carolina Ferraz estava à frente do Fantástico.

A conquista de um sonho? Longe disso. No início, Carol não desejava ser apresentadora e muito menos atriz. As oportunidades simplesmente surgiram e, como uma mulher determinada, ela soube aproveitar. “Todo mundo sabe que fui obrigada a virar atriz. Ainda na TV Manchete, o diretor artístico me disse: 'Ou você faz dramaturgia ou será demitida'. Então, eu fiz a Irma, em Pantanal (1990), e logo me apaixonei. Na verdade, sempre quis ser veterinária. Você vê como a vida me levou para um caminho e como eu a obedeci”, conta aos risos. “O que aconteceu comigo foi mais um exercício de aproveitar as oportunidades e amadurecer dentro delas. Fui abraçada pela profissão e me encantei”, completa.

Pausa em nosso bate-papo. Reparo que ela fica atenta a tudo que o maquiador faz. “Você usou pó? Não gosto de pó! Ele craquela e não deixa a pele bonita”, afirma. Logo, ela mesma passa a máscara nos cílios e o batom cor de boca com um toque de gloss. Soltam-se os bobes do cabelo – colocados após uma rápida escova – e ela avisa, mais uma vez, o que deseja: “Deixe meu cabelo repartido ao meio. Sou uma mulher que usa apenas o cabelo dividido ao meio”.

Pronta, linda e com um vestido vermelho assinado por Reinaldo Lourenço, ela se solta frente às lentes da fotógrafa ouvindo a canção dos Beatles Lucy in the Sky with Diamonds. Um giro para cá, outro para lá, e o sorriso marcante aparece. Sim, ela tem uma elegância exuberante nata. As pernas bem torneadas e a tamanha facilidade em fazer os rodopios revelam outra paixão de Carolina Ferraz: o ballet.

Nascida em Goiânia, ela começou a praticar a dança ainda muito menina. “Aos cinco anos, minha mãe queria que eu fizesse uma atividade física. Fui praticamente obrigada a fazer ballet. Mas me apaixonei e danço até hoje”, conta. 

Na adolescência, a paixão chegou a ser o ganha-pão de Carolina, antes mesmo de ela receber as oportunidades na TV. “Dava aula só para crianças. Foi uma fase muito gostosa da minha vida.” Diplomada pelo Royal Ballet, ela deixa um recado para você, que está lendo esta matéria: “Dance, nem que seja sozinha em casa, dentro do banheiro. Passe 10 minutos do seu dia soltando o corpo, entregue a um ritmo qualquer. É tão transcendental a experiência… Vale a pena”.

Fonte: R7
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