Antes, a saúde pública na capital Teresina ficava a cargo na Santa Casa de Misericórdia, mas o centro não está adaptado para demanda por saúde pública que emanava da população. A obra por muito tempo foi considerada um Elefante Branco, mas conseguiram provar o contrário.

Erguido nos moldes franceses de saúde, o hospital foi construído inteiramente com recursos estaduais. As sobras de material da obra deram origem a Biblioteca Pública de Teresina, que também foi destacada para guardar os arquivos do governo.

No HGV trabalharam grande nomes da medicina regional. São exemplos: Agenor Barbosa de Almeida, Lineu Araújo, Zenon Rocha, Natan Portela e João Emílio Falcão. Esses mesmo profissionais ajudaram a instaurar a Faculdade de Medicina do Piauí em Teresina.

A política de saúde brasileira sugeria a construção de hospitais no litoral. Com o Getúlio Vargas foi diferente. Ele se instalou no seio da capital que se desenvolvia, localização fundamental para garantir o livre acesso dos teresinenses a saúde.

A “obra majestosa” foi construída onde funcionava uma vacaria e só foi possível porque o Piauí vivia na época o apogeu da exportação da cera de carnaúba. O hospital era um projeto tão ousado que foi até copiado. Um ano após o início das obras do HGV, o Hospital das Clínicas de São Paulo foi erguido inspirados nos moldes piauienses.

O Getúlio Vargas foi concluído para comemorar os seis anos de governo de Leônidas Melo e desfocou a atenção de quem tinha que se deslocar para Fortaleza em busca de atendimento médico. O HGV, sem dúvida, foi o passo inicial para que Teresina se tornasse referência na saúde da região.