Foi mais difícil do que se pensava, mas o Brasil confirmou o favoritismo e venceu o Canadá por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-19, 25-14, 19-25 e 15-9, em partida disputada em Tampere, na Finlândia. Com a vitória, a Seleção, líder do Grupo B, soma mais dois pontos na Liga Mundial, chegando aos 23.
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Agora, os comandados de Bernardinho enfrentam os donos da casa neste sábado, às 12h30 (de Brasília). Os líderes de cada chave e o melhor segundo colocado de todos os grupos se classificam para a fase final do torneio, que será disputada em Sofia, na Bulgária.
O JOGO
1º set - O Brasil começou o jogo com Ricardinho explorando as bolas rápidas. Os mais acionados eram Murilo, que mostrou um grande aproveitamento, e Wallace, que não conseguiu virar a maioria das bolas, algo incomum se tratando do ponteiro campeão da Superliga com o Sada Cruzeiro.
O Canadá, com um bloqueio muito bem postado, sobretudo na saída de rede, amortecia ou barrava a maioria dos ataques brasileiros. Winters e Van Lankvelt se mostravam impecáveis no tempo de bola dos ponteiros, e os meios-de-rede eram pouco acionados. No tempo técnico, o placar marcava 18 a 14 para os canadenses.
A bronca de Bernardinho, então, surtiu efeito: o Brasil conseguiu encaixar três bloqueios seguidos, igualou o marcador em 19 a 19 e obrigou o técnico canadense, Glenn Hoag, a parar o jogo.
Depois, o equilíbrio prevaleceu, mas a Seleção cedeu dois pontos em erros de ataque. O Canadá só administrou e fechou o set em 25 a 22, com um ponto de Schmitt.
2º set - Após verem os canadenses fecharem o primeiro set, os comandados de Bernardinho se acertaram em quadra. Com uma defesa mais consistente, Bruninho, que iniciou o set, passou a explorar mais as jogadas pelo meio, com bolas "chutadas" para Lucão, em jogada típica do Cimed. Quando a defesa do Canadá esteve melhor postada, o levantador acionou Murilo, que, com experiência e categoria, explorava o bloqueio ou achava boas diagonais. Com isso, o Brasil abriu quatro pontos de vantagem na parada técnica: 16 a 12.
Na volta, a Seleção se aproveitou da vantagem para forçar no saque, dificultando a linha de passe dos canadenses, que passaram a errar frequentemente, e quando a bola chegava ao ataque, o bloqueio brasileiro esteve bem postado na maioria das oportunidades. Resultado: 25 a 19 para o Brasil e o segundo set fechado.
3º set - Como a estratégia de explorar as jogadas pelo meio e forçar o saque deu certo, o Brasil manteve a receita da vitória do segundo set para o terceiro. A diferença, porém, foi na variação dos ponteiros: Bruninho resolveu acionar Thiago Alves com mais frequência, para explorar o lado esquerdo da defesa canadense e também dificultar a detecção do tempo de bola de Murilo.
No segundo tempo técnico, 18 a 11 em favor da Seleção, com destaque para três aces (Thiago Alves, Sidão e Wallace). Depois, para encerrar, Winters, que esteve virando todas as bolas no primeiro set, foi pego no bloqueio de Sidão e Bruninho e só pôde lamentar enquanto a bola voltava no pé. 25 a 14 para o Brasil, que esteve longe de ser ameaçado no set.
4º set - Buscando fechar a partida, o Brasil seguiu forçando no saque. Porém, a defesa rival conseguia absorver as pancadas. O levantador McGovern achou o mapa da mina para sobrepujar a defesa da Seleção: o camisa 12, Schmitt, que se mostrou imparável no set e, não à toa, começou a caminhada para se tornar o maior pontuador da partida.
O canadense virava todas as bolas e o bloqueio brazuca não conseguiu achar o tempo de bola do ponteiro, longe disso: enquanto o Canadá bloqueou o Brasil seis vezes, os comandados de Bernardinho não fizeram nenhum ponto neste fundamento. E, com um bloqueio triplo para cima de Thiago Alves, o Canadá deu o troco, até na forma de fechar o set. 25 a 19 e disputa no tie break.
5º set - No set decisivo, equilíbrio total no começo. O Canadá, já sem pretensões na Liga Mundial, mostrou que iria vender caro a derrota. A conversa após o quarto set foi assimilada: a partir do oitavo ponto, o bloqueio brasileiro voltou a funcionar: foram quatro no tie break, sendo o último e decisivo justamente em cima de Schmitt, que foi parado na hora em realmente era preciso. Com um esforço maior do que o imaginado, o Brasil fechou a partida com um 15 a 9 no tie break.
Fonte: Yahoo